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São Paulo – A semana começa tensa hoje, após a divulgação de dados negativos do emprego americano na última sexta-feira (primeira queda desde 2003) terem derrubado os mercados e elevado temores de uma recessão ou de uma forte desaceleração econômica nos Estados Unidos. Como o mercado brasileiro estava fechado pelo feriado do Dia da Independência, teme-se que as perdas por aqui, num eventual dia ruim, sejam dobradas, ameaçando reverter a tendência de recuperação dos últimos pregões.

Na agenda nacional, destaque para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai ser apresentada na próxima quinta-feira. O documento explicará as razões dos membros do Copom para optarem, por unanimidade, por uma redução de 0,25 ponto na taxa básica da economia, a Selic.

Na quarta-feira passada, o Copom anunciou a queda de 11,5% para 11,25% na Selic. Com a decisão unânime e a elevação no IPCA de agosto, já há analistas que contam com o fim do processo de queda da taxa básica em 2007.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre, a ser divulgado depois de amanhã, também será importante para que os agentes de mercado avaliem como anda o aquecimento da economia. A soma de pressão inflacionária com um aquecimento acima do projetado pode enterrar as expectativas de quem ainda conta com a possibilidade de a taxa básica da economia ser reduzida no próximo encontro do Copom, nos dias 16 e 17 de outubro.

Futuro dos juros

A divulgação do IPCA de agosto pelo IBGE na quinta passada desagradou aos mais otimistas. O índice de preços registrou alta de 0,47% no mês passado, contra 0,24% marcado em julho. O IPCA é o índice de preços utilizado pelo BC para monitorar a meta oficial de inflação. Se esse índice começa a subir muito, ameaçando a meta oficial, o Copom tende a interromper o processo de queda da taxa Selic. "As projeções de instituições de mercado para a taxa Selic que estará em vigência no final deste ano se dividem, em parcelas de dimensão similar, entre 10,75%, 11% e 11,25%", avalia a LCA Consultores.

Tombo na sexta

Na sexta passada, enquanto o mercado brasileiro estava fechado, as bolsas de valores caíram nas principais praças financeiras. As quedas foram motivadas pelos dados que mostraram que houve perda de 4 mil postos de trabalho nos EUA em agosto, sendo esse o primeiro resultado mensal negativo em quatro anos.

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