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Bovespa inicia semestre com recorde, acima dos 55 mil pontos

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o segundo semestre com o pé direito: o Ibovespa – índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa – fechou acima de 55 mil pontos pela primeira vez nesta segunda-feira, renovando seu recorde histórico na esteira do bom desempenho das bolsas de Nova Iorque. O Índice avançou 1,80%, para 55.371 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 3,6 bilhões.

Notícias de fusões e aquisições e um dado do setor manufatureiro que mostrou expansão do setor nos Estados Unidos incentivaram compras de ações em Nova Iorque e abriram caminho para uma valorização também na bolsa paulista. O instituto ISM (sigla em inglês para Instituto de Gestão de Oferta) informou que seu índice de atividade para o setor manufatureiro ficou em 56 pontos em junho, depois de registrar 55 em maio – leituras acima de 50 pontos indicam expansão do setor.

"Há muita liquidez (volume de negócios). Toda vez que há uma tranqüilidade no cenário internacional como hoje vemos isso aí, uma melhora da bolsa, em função da diversificação de ativos no mundo todo", disse Miguel Daoud, diretor da Financial Advisor. O recorde anterior era 54.730 pontos, registrado em 18 de junho.

"Acho que daqui a um ou dois meses vai ter um ajuste um pouco forte, mas ela chega nos 60 mil pontos no final do ano", complementou Daoud. Com os ganhos desta segunda-feira, a alta no ano passa a quase 25%.

O papel mais negociado foi o da Companhia Vale do Rio Doce, com valorização de 2,76%, para R$ 74,49. A blue chip Petrobrás avançou 2,25%, para R$ 52,80, com ajuda da alta do preço do petróleo no mercado internacional. O barril da commodity encerrou a segunda-feira acima de US$ 72, maior nível em 10 meses.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 0,95% nesta sessão. A Nasdaq – bolsa que negocia ações do setor de tecnologia e Internet – subiu 1,12%.

Alta comedida

Analistas esperam que a bolsa continue subindo no segundo semestre, mas com menos vigor que na primeira metade do ano. "Em geral, continuamos otimistas com ações brasileiras, e continuamos preferindo ações ligadas ao mercado doméstico", afirmou o UBS Pactual, em relatório. "Aumentamos nossa alocação no setor de consumo para 35%, 5% acima do mês passado. Além disso, elevamos a alocação no setor imobiliário a 20%, alta de 5%, e computação e tecnologia para 10%, alta de 5%", relatou a instituição.

O dólar comercial foi cotado a R$ 1,917 para venda, em queda de 0,62%, nos últimos negócios de ontem. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou os 157 pontos, em queda de 2,48%.

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