A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,86% nesta segunda-feira, sustentada especialmente por papéis que haviam caído muito na semana passada, como Petrobras e Vale do Rio Doce, que têm peso em torno de 25% na carteira teórica de ações da bolsa, o Ibovespa.
O indicador alcançou 36.483 pontos pontos e registrou volume financeiro de R$ 2,222 bilhões. Deste montante, R$ 446.179.671,90 se referiram ao vencimento de opções, sendo R$ 346.731.241,90 de compra e R$ 99.448.430,00 opções de venda.
Os papéis que registraram maior volume de exercício foram Petrobras PN, a R$ 40 por ação, que movimentou R$ 90,6 milhões em opções de compra; Petrobras PN, a R$ 38,00 por ação, com R$ 65,9 milhões em opções de compra; e Vale PNA, a R$ 38,00 por ação, que girou R$ 31,4 milhões em opções de compra.
As ações ordinária e preferencial da Petrobras tiveram as duas maiores altas do Ibovespa, respectivamente. A primeira fechou com ganho de 3,50%, a R$ 44,30. A outra, com alta de 3,36%, a R$ 40.57.
- Na semana semana passada, esses papéis tinham caído muito diante do recuo do preço do petróleo e de outras commodities e da expectativa do vencimento das opções. Quem estava vendido queria forçar uma queda dos preços para não ter muito exercício nas séries de R$ 40 e R$ 42. Agora o mercado começa a voltar ao normal - diz diretor da corretora Ágora, Alvaro Bandeira.
Segundo ele, não há fundamentos internos ou notícias externas que justifiquem o comportamento do mercado no primeiro dia da semana, a não ser uma pequena recuperação dos preços do petróleo que chegaram a recuar abaixo de US$ 63 na semana passada.
Nesta segunda-feira, durante o fechamento da Bovespa, os contratos do óleo americano WTI subiam 0,74%, para US$ 63,8. Os do Brent tinham alta de 1,17%%, para US$ 64,070.
O dólar, por sua vez, fechou em queda de 0,28%, negociado a R$ 2,1460, apesar de compras do Banco Central no mercado à vista. O risco-país se manteve estável, aos 218 pontos centesimais.
Segundo analistas, a cotação da moeda americana foi influenciada pelo ingresso de moeda estrangeira no país e ao cenário externo tranqüilo. O evento mais esperado da semana é a divulgação da nova taxa de juros do Banco Central americano (FED, ou Federal Reserve), que será conhecida na quarta-feira.
No Brasil, o Banco Central divulgou uma pesquisa feita com analistas de mercado, que reduziram suas estimativas de inflação e de crescimento da economia .
Com isso, os contratos futuros de juros referenciados em depósitos interfinanceiros com vencimento em janeiro de 2008 projetavam taxa de 13,580%, com queda de 0,04 ponto percentual.
Nos Estados Unidos, as bolsas operaram todo o dia com instabilidade. O índice Dow Jones caiu 0,05%, aos 11.555 pontos. O Nasdaq recuou 0,01%, para 2.235,75 pontos. O S&P, por sua vez, ganhou 0,10%, para 1.321,18 pontos.
O governo americano divulgou nesta manhã que o déficit em conta dos Estados Unidos aumentou mais que o esperado, para US$ 218,4 bilhões no segundo trimestre do ano, contra um número revisado de US$ 213,2 bilhões de janeiro a março.
A estimativa do mercado era de um déficit de US$ 214 bilhões acumulado entre abril e junho, segundo reportagem da CNN Money.
O resultado foi puxado especialmente pelo aumento dos custos de produtos importados, influenciado pela alta do petróleo.
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