As bolsas tiveram mais um dia de recuperação, mas analistas têm dúvidas sobre quanto tempo dura a onda de otimismo. Notícias pontuais sobre o setor financeiro ajudaram a renovar o ímpeto de compra dos investidores, o que fez as ações se valorizarem nos Estados Unidos, no Brasil e na Europa.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançou 1,96%. A Bolsa de Nova York registrou valorização de 2,8% (Dow Jones). O índice mais abrangente S&P 500, por sua vez, subiu 3,1%. Na Europa, as bolsas se valorizaram em cerca de 1%.
"A tendência da Bovespa continua a ser de baixa. O cenário não mudou nada: a crise continua na Europa, e indicadores ainda saem ruins nos Estados Unidos, e mesmo na China", diz Renato Bandeira de Mello, gerente de renda variável da Futura corretora. "A questão é que, nessas horas, o investidor não quer perder o barco da alta."
Câmbio
Já a taxa de câmbio retrocedeu para R$ 1,767 (queda de 0,8%), o menor preço da moeda americana desde o início de maio. Boa parte dos especialistas apontou a ausência de más notícias como motor fundamental da procura por ações. Uma parcela também mencionou o banco americano State Street, que surpreendeu com projeções mais positivas para o balanço do segundo trimestre.Outros ainda indicaram otimismo em relação aos testes "de estresse" aplicados nos bancos europeus, cujos resultados são esperados com ansiedade.
Novos papéis
O brasileiro poderá investir, a partir de agosto, em algumas das empresas mais populares do planeta. No pregão da bolsa devem estrear os papéis de Avon, McDonalds, Pfizer, Walmart, Goldman Sachs e Bank of America, além da petrolífera Exxon Mobil e das gigantes tecnológicas Apple e Google. Também serão negociados os papéis da siderúrgica indiana Mittal. Os negócios serão de forma indireta, por meio de recibos conversíveis em ações estrangeiras chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não patrocinados.
O "não patrocinado" significa que essas empresas não lideraram o trâmite para ter suas ações listadas no Brasil. Esse processo será feito pelos bancos Citibank e Deutsche. Por esse motivo, só grandes investidores gestores e fundos de investimentos poderão comprar diretamente esses recibos. O investidor pessoa física, porém, poderá negociar essas empresas como cotista de fundos.
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