A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em baixa nesta segunda-feira, com o setor financeiro estendendo a realização de lucros iniciada na sexta-feira. Operadores também salientam a volatilidade crescente, a dois dias do vencimento dos contratos de índice na BM&F.
Às 12h35m, o Ibovespa caía 0,8%, para 38.621 pontos, apesar da performance positiva de Wall Street, onde o Dow Jones subia 0,52% e o Nasdaq operava praticamente estável, em alta de 0,06%. O Banco Central realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Após o anúncio da operação, a moeda norte-americana passou a registrar leve alta. Às 12h32m, o dólar comercial exibia variação positiva de 0,05%, a R$ 2,151.
- O pessoal ainda acha que bolsa é para entrar... mas nesse intervalo vai ter ainda as barrigas normais - disse o diretor de operações da Novação Distribuidora, Carlos Alberto Ribeiro.
- De hoje para quarta-feira eu tomaria cuidado - recomendou.
O giro financeiro do pregão expressava o clima de retração de uma parte do mercado. Num horário em que o volume financeiro tem rondado R$ 1 bilhão, a bolsa movimentava R$ 734 milhões.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o número de contratos em aberto para esta segunda-feira ainda era de 43.236, considerado alto por operadores.
- O que está me causado estranheza é que estão demorando para rolar. Vai ficar muita coisa para o último dia - disse Ribeiro, que contabilizou somente 1.553 contratos liquidados no vencimento deste mês, entre as duas últimas sessões.
Segundo ele, os investidores estrangeiros são preponderantes entre os que assumem a ponta comprada nesse mercado. Segurando a rolagem para o último momento, demonstram acreditar em uma recuperação do índice nos próximos pregões.
Mas no mercado à vista, alguns papéis que também figuram entre os favoritos nas carteiras montadas por estrangeiros puxavam o índice para baixo.
Era o caso de Bradesco PN , que caía 2,40% e liderava o setor, que tinha Itaú PN em queda de 2,46%, Banco do Brasil ON em baixa de 2,01% e as units do Unibanco PN recuando 1,42%. Todos com volumes expressivos.
- Eles (os bancos) têm muita gordura para queimar - disse a analista do setor no banco Banif, Catarina Pedrosa.
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