Após operar em queda durante toda a manhã desta sexta-feira (12) e a inverter a tendência dos negócios no início da tarde, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou a oscilar entre os territórios negativo e positivo à tarde. Às 14h18, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, caía 0,07%, aos 38.492 pontos.
O humor "oscilante" do investidor reflete o colapso dopacote de ajuda às montadoras norte-americanas. O projeto de US$ 14 bilhões em empréstimos para Ford, GM e Chrysler caiu na noite de segunda no Senado em meio a disputas sobre salários de trabalhadores sindicalizados. Os republicanos queriam corte de custos trabalhistas e flexibilização de regras trabalhistas.
A falta dessa linha de crédito pode trazer problemas imediatos para a GM e Chrysler, pois as duas anunciaram que precisam de dinheiro até o encerramento do ano. As montadoras dependem, agora, de uma relutante Casa Branca para conseguir uma linha de crédito emergencial e seguir operando.
As bolsas dos Estados Unidos operam em baixa nesta sexta. Por volta das 13h, o Dow Jones caía 1,65%. No mesmo horário, o Nasdaq perdia 0,69% e o S&P 500 registrava desvalorização de 1,15%.
A falta de consenso entre democratas e republicanos resultou em perdas acentuadas na Ásia. Tóquio caiu 5,56%, Seul recuou 4,38%, Hong Kong cedeu 5,48% e Xangai desvalorizou 3,81%.
A onda vendedora também atinge a Europa com força, apesar do anúncio de aprovação de um pacote de auxílio à economia de 200 bilhões de euros.
A piora de humor externo também influi sobre outros mercados brasileiros. O câmbio começou o dia bastante pressionado, com o dólar avançando ante o real.
Quinta-feira
Na véspera, depois de passar a maior parte do dia operando em alta, a Bovespa seguiu de perto o humor dos investidores norte-americanos e perdeu o fôlego no fim do pregão, fechando com desvalorização. O Ibovespa registrou baixa de 1,24%, aos 38.519 pontos, no fechamento. O volume financeiro negociado ficou pouco acima de R$ 4,5 bilhões, depois de superar a marca de R$ 5 bilhões na véspera.
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