A melhora de Wall Street no fim da tarde, impulsionado pela disparada das ações do banco Goldman Sachs, permitiu que o Ibovespa fechasse praticamente estável nesta quinta-feira (15) após cair durante quase todo o pregão.
O principal índice das ações brasileiras teve oscilação positiva de 0,02 por cento, a 63.489 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,077 bilhões de reais.
Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,12 por cento, revertendo a queda de quase todo o dia com a expectativa de que o Goldman Sachs anunciasse após o fechamento do pregão um acordo com a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, que em abril acusou o banco de fraude com títulos de hipotecas.
Em linhas gerais, porém, o comportamento das ações na bolsa brasileira se manteve o mesmo ao longo do dia. Ações mais associadas a commodities e à demanda global, como de siderúrgicas, caíram com dados mostrando desaceleração do crescimento da China no segundo trimestre.
A CSN teve uma das maiores quedas do pregão, 2,78 por cento, a 26,20 reais. Os papéis ordinários da Usiminas perderam 2,51 por cento, a 48,60 reais, e as ações da mineradora MMX terminaram o dia em baixa de 1,33 por cento, a 10,41 reais.
"É a questão dos preços das commodities", resumiu Luciano Rostagno, estrategista da corretora CM Capital Markets.
Entre as blue chips, a Vale teve queda de 0,97 por cento de suas ações preferenciais, para 37,93 reais, e os papéis sem direito a voto da Petrobras caíram 0,70 por cento, para 27,11 reais.
Para a agência de classificação de risco Fitch, "a demanda global por metais deve continuar se recuperando, mas provavelmente vai desacelerar no terceiro trimestre até o começo de 2011, sendo mais dependente do crescimento nas economias desenvolvidas".
Na outra ponta, as ações de companhias aéreas se mantiveram como destaque, após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciar na véspera um aumento de 16,8 por cento do tráfego aéreo em junho no Brasil. A Gol teve a maior alta do índice, 3,12 por cento, a 24,10 reais, e a TAM fechou em alta de 2,85 por cento, a 28,85 reais.
A Vivo, alvo de especulação nesta quinta-feira quanto ao fechamento de um acordo da Portugal Telecom para a venda da participação na companhia brasileira, teve queda de 2,55 por cento das ações PN, a 46,30 reais.
Fora do índice, a BRMalls se destacou, com alta de 5,93 por cento, a 24,10 reais, e o segundo maior volume do pregão, atrás da Vale. Um acionista da administradora de shopping centers, com cadeira no conselho da companhia, vendeu 8,5 milhões de ações da empresa em leilão às 16h, a 22 reais, segundo informações da bolsa. O montante representa 4,18 por cento do capital ordinário.