O principal índice acionário da Bovespa encerrou a quinta-feira (9) no vermelho, mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX. O Ibovespa caiu 0,64%, a 55.447 pontos. Após operar boa parte do dia sem tendência definida, o índice firmou a queda à tarde, chegando a marcar baixa de 1,6% na mínima.
O giro financeiro do pregão foi de 6,84 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano, de cerca de 7,7 bilhões de reais. Assim como na véspera, as ações da OGX aprofundaram as perdas nas últimas horas do pregão e arrastaram o Ibovespa de vez para o negativo --o papel tem participação de 5,06 por cento no índice.
"Com o peso maior de OGX na carteira do Ibovespa, isso deixa o índice um pouco fora da realidade", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. "Com o papel nesse nível de preço, qualquer oscilação nele faz estrago no índice."
Para a economista Larissa Gatti, da corretora Souza Barros, o novo tombo de OGX sinaliza preocupação do mercado com os resultados da petrolífera de Eike Batista no primeiro trimestre, que serão divulgados ainda nesta quinta-feira.
Ela citou ainda a ampliação do limite de operações de empréstimo de ações OGX na véspera, de 30 para 45 por cento dos papéis em circulação no mercado, abrindo mais espaço para o aluguel das ações --prática usada por investidores que apostam na queda dos papéis.
Brookfield Incorporações liderou as baixas do Ibovespa, após surpreender o mercado com um prejuízo no primeiro trimestre, em meio a avaliações de que a companhia ainda tem um ano difícil pela frente.
O dia foi de realização em Wall Street, após o rali recente que levou o referencial S&P 500 para fechamento recorde por cinco pregões consecutivos.
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