Após abrir com valorização, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não sustentou a alta e passou a operar em queda nesta quinta-feira (4), prosseguindo na mesma tendência dos últimos quatro pregões.

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Por volta das 14h17, o indicador Ibovespa - principal referência para o mercado brasileiro - mostrava uma queda de 4,3%, aos 51.224 pontos. Caso a Bovespa feche neste patamar, acumulará perdas de quase 20% no ano.

O volume negociado, apesar do movimento de vendas, continua relativamente baixo. Pouco depois das 14h, somava R$ 2,5 bilhões, aproximadamente.

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Os preços das commodities e do petróleo influenciam negativamente papéis ligados às cotações dos produtos básicos. Com isso, a Petrobras recua mais de 3% e a Vale cai cerca de 4%. Gerdau e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) têm baixas superiores a 6%. Diante da má performance geral das ações, a BM&FBovespa caía quase 8%.

Por volta das 14h, apenas quatro ações entre as que compõem o Ibovespa registravam alta. São elas: Ambev, Vivo, TAM e CCR Rodovias.

Mau humor

A Bovespa reflete o mau humor internacional depois de comentários feitos pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, de que a economia da zona do euro está perdendo força, ao mesmo tempo em que a inflação segue elevada e com risco de subir ainda mais.

Na Europa, o mercado analisa a decisão do banco central inglês de mater a taxas de juros do país estáveis em 5% ano ano, pelo quinto mês seguido.

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"A expectativa de recessão na zona do euro traz mau humor aos mercados", comentou em relatório José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator.

O panorama já adverso ganhou contornos ainda mais pessimistas com a divulgação de relatórios mostrando piora das condições da economia nos Estados Unidos. Como resultado, a bolsa de Nova York opera em baixa.

As principais bolsas asiáticas tiveram uma jornada de perdas. As ações caíram para o nível mais baixo em dois anos, com mais sinais de uma desaceleração da economia global atingindo setores dependentes de exportações.