São Paulo – Após a relevante valorização de terça-feira, o mercado fechou no vermelho ontem. A Bovespa alternou momentos de pequenas altas e baixas, mas no fim do dia perdeu força e terminou com queda de 1,28%. No pregão de anteontem, havia subido 4,95%.

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Ontem os analistas já faziam alertas no sentido de que ainda era cedo para afirmar que o período de turbulências, iniciado na semana passada, já havia acabado.

A aguardada divulgação do "livro bege" – documento que reúne dados sobre a economia norte-americana – acabou não mexendo muito com os preços dos ativos. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova Iorque, caiu 0,12%; a Nasdaq recuou 0,44%.

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Segundo o documento, que tem peso importante para as decisões do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre os juros, muitas regiões americanas sentiram desaquecimento de suas economias nas últimas semanas de fevereiro.

Na Europa, os mercados tiveram altas moderadas: 0,34% em Frankfurt, 0,33% em Paris, e 0,29% em Londres. A Bolsa de Xangai, cuja queda recorde na semana passada foi o estopim para a turbulência, fechou com alta de 1,97%. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,47%.

Se algo não agradou muito foram as declarações de Michael Moskow, que dirige o Fed regional de Chicago. Moskow afirmou que ainda é cedo para dizer que a inflação não é mais uma preocupação e que riscos inflacionários devem ser combatidos com alta de juros.

Uma alta nos juros americanos (hoje em 5,25%) neste momento poderia reduzir a liquidez global, atraindo os investidores aos EUA em detrimento dos mercados emergentes.

O dólar retomou sua tendência e, sem o contágio de turbulências externas, recuou diante do real. A atuação diária do BC, comprando dólares no mercado, tem conseguido, no máximo, diminuir a intensidade da apreciação do real. A moeda americana terminou as operações com baixa de 0,24%, para R$ 2,113. No acumulado do ano, o dólar registra perdas de 1,12%.

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