Bovespa segue mercado dos EUA, se recupera, mas ainda fecha em queda

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou em queda durante a maior parte do dia, com uma leve recuperação no fim da tarde, depois que o Banco Central americano divulgou a ata de sua última reunião indicando que poderá aguardar novos indicadores da economia antes de optar por elevar os juros.

Ainda assim, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,19%, com 36.375 pontos e volume financeiro de R$ 1,560 bilhão. O dólar, mesmo após um leilão de compra do Banco Central, fechou em queda de 0,09%, a R$ 2,1380.

Segundo um operador de mercado, a tendência é de que os indicadores no Brasil continuem seguindo as bolsas internacionais e os sinais da economia americana.

O Índice Dow Jones encerrou o dia em ligeira alta de 0,16%, a 11.369 pontos. O Nasdaq subiu 0,54%, para 2.172,3 pontos e o S&P teve valorização de 0,19%, para 1.304,2 pontos.

No Brasil, as ações da Arcelor tiveram alta de 3,61%, encerrando os negócios cotadas a R$ 37,31. O preço disparou depois que a Comissão de Valores Mobiliários recomendou que a Mittal Steel estenda aos minoritários da Arcelor Brasil sua oferta de compra pela empresa.

Entre os destaques de queda estiveram os papéis da Companhia Vale do Rio Doce. As ações chegaram a cair quase 2%, para R$ 39,85, depois que a canadense Inco sugeriu a seu conselho de administração que rejeitasse a proposta de compra feita pela mineradora brasileira, de US$ 17,6 bilhões. No fim do dia, no entanto, os papéis se recuperaram para fechar em queda de 0,07%, a R$ 40,57. As ações ordinárias caíram 0,54%, para R$ 45,85.

Nesta quarta-feira, as atenções deverão ficar voltadas para a taxa de juros Selic, a ser decidida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,5% ao ano. Em função disso, o mercado de juros futuros deverá ter grande volume de negócios.

Nesta terça-feira, os contratos referenciados em depósitos interfinanceiros com vencimento em janeiro de 2007 projetavam uma taxa de 14,19% ao ano, com queda de 0,02%. Contratos com vencimento em janeiro de 2008, os mais líquidos, apostavam em um juro de 14,250% ao ano, com redução de 0,03%.

O risco-Brasil se manteve estável durante quase todo o dia, fechando em queda de 0,44%, a 226 pontos-base.

Ainda nesta quarta-feira, o mercado ficará de olho em novos indicadores da economia dos Estados Unidos: o produto interno bruto, consumo pessoal e núcleo do deflator de inflação do segundo trimestre de 2006.