A bolsa de valores brasileira encerrou a quarta-feira com valorização, sem notícias negativas que acabassem com o clima mais ameno da sessão tanto no Brasil quanto lá fora, com o mercado aguardando um Copom sem surpresas.
O Ibovespa, principal índice de ações do país, encerrou com valorização de 0,77%, a 70.404 pontos, depois de cair 2,6% na véspera. O giro financeiro foi de 6,69 bilhões de reais.
Após cair nas duas sessões anteriores, a ausência de notícias mais decisivas abriu espaço para uma recuperação do Ibovespa, que seguiu de perto neste pregão o movimento em Wall Street.
Na parte da tarde a divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve nos Estados Unidos não mudou o rumo dos negócios em Nova York, que desde a abertura analisava bons balanços corporativos e os movimentos do dólar.
"Amanhã (quinta-feira) os dados chineses devem ser a notícia forte para dar um rumo mais definido aos negócios, algo que não tivemos hoje", afirmou o analista Pedro Galdi, da corretora SLW.
Segundo a Banif Securities, o principal evento doméstico nesta quarta-feira, a decisão do Copom, não teve influência relevante, "à medida em que o consenso é quase unânime sobre a manutenção" da taxa de juros em 10,75% ao ano.
No Ibovespa, as principais blue chips tiveram um dia divergente. As ações preferenciais da Vale terminaram com alta de 2,54%, a 49,30 reais, ao passo que suas ordinárias subiram 2,97%, para 54,78 reais.
Enquanto isso, as preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 1,15%, a 24,99 reais, e as ordinárias perderam 0,54%, a 27,50 reais.
O destaque negativo do dia ficou por conta do setor siderúrgico, com as produtoras de aço figurando entre as maiores perdas do Ibovespa.
As ações Usiminas lideraram as quedas, com recuo de 4,29% para as ordinárias e de 3,61% para as preferenciais, para 22,78 e 20,03 reais, respectivamente. As ordinárias da CSN mostraram desvalorização de 2,16%, saindo a 27,69 reais.
O Instituto Aço Brasil (IABr) divulgou que a produção de aço bruto no país caiu 7 por cento em setembro na comparação com o mês anterior. "Consideramos os dados de setembro novamente negativos", afirmou a corretora Brascan em relatório, destacando, entre outras coisas, o aumento das importações.
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