A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a desafiar as expectativas dos investidores nesta sexta-feira (17). Depois de muito sobe-e-desce pela manhã, o mercado financeiro brasileiro chegou a acumular alta de quase 5% no início da tarde. Nos últimos minutos de pregão, porém, perdeu o terreno positivo e fechou em baixa.

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O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve baixa de 0,12% no dia, terminando aos 36.399 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 4,5 bilhões, abaixo da média diária para a bolsa nacional. Na semana, a Bovespa teve alta de 2,21%, influenciada especialmente pela disparada de 14,66% no pregão de segunda-feira (13).

Ações

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A Bovespa não conseguiu sustentar a alta apesar da alta das ações da Petrobras e da Vale no dia - o papel mais negociado da petrolífera subiu 3,5% enquanto a principal ação da mineradora teve valorização de 3,6%.

A empresa de celulose Aracruz, que perdeu R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre após prejuízo com operações de câmbio, esteve entre as maiores baixas do dia, com queda de quase 10%.

O balanço da Brasil Telecom, que veio acima das expectativas do mercado, teve o efeito contrário: fez os papéis da empresa prestes a ser comprada pela Oi após a aprovação das mudanças nas regras do setor pela Agência Nacional de Telcomunicações (Anatel), subirem mais de 11%.

Outros mercados

Em Nova York, o pregão também foi bastante instável. O índice Dow Jones - referência para Wall Street - acabou fechando em queda de 1,42%, enquanto o Standard & Poor's, que reúne as maiores empresas dos EUA, fechou em baixa de 0,62%. O indicador tecnológico Nasdaq também ficou no negativo em 0,37%.

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Nos EUA, a confiança do consumidor norte-americano sofreu em outubro a maior queda mensal desde que começou a ser monitorada. O índice da Universidade de Michigan caiu para 57,5 na leitura preliminar deste mês, ante os 70,3 registrados em setembro. Analistas esperavam leitura de 65,5 para o índice.

Além disso, a construção de casas novas nos Estados Unidos recuou 6,3% em setembro, para uma taxa anual de 817 mil unidades, perante a marca de 872 mil imóveis residenciais registrada um mês antes.

Na Europa, que fechou por volta das 13h (horário de Brasília), o dia foi positivo. Entre os principais centros financeiros europeus, Londres teve alta de 5,22%, Frankfurt subiu 4,68% e Paris encerrou com ganhos de 3,43%.

Na Ásia, as principais bolsas oscilaram entre perdas e lucros modestos no fechamento de uma turbulenta semana de negócios. Depois de encerrar a quinta-feira (16) com a segunda maior queda de sua história (perdas de 11,41%), a Bolsa de Valores de Tóquio reagiu nesta sexta-feira (17), e concluiu o pregão com lucro moderado, de 2,78%.

O mercado de valores de Xangai acompanhou a reação observada no Japão e também apresentou ligeiro lucro no encerramento: 1,09%. Mas outras importantes bolsas asiáticas não mostraram a mesma confiança e terminaram suas sessões com perdas. Seul caiu 2,73% e Hong Kong, 4,4%.

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