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O principal índice das ações brasileiras fechou praticamente estável nesta terça-feira (22), anulando a alta do começo do dia como reflexo da queda em Wall Street na véspera da decisão sobre o juro básico nos Estados Unidos.

O Ibovespa teve variação negativa de 0,03 por cento, a 64.810 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,33 bilhões de reais.

Em Nova York, o índice Standard & Poor's 500 recuou 1,6 por cento e o Dow Jones caiu 1,4 por cento, com destaque para o setor de energia, após um dado pior que o esperado sobre a venda de moradias usadas no país.

Antes de uma série de dados e eventos econômicos importantes na semana --como a decisão do Federal Reserve sobre o juro norte-americano, na quarta-feira--, a surpresa negativa com o indicador serviu para acelerar a realização de lucros em Wall Street, que vinha de uma série recente de ganhos.

"Estamos esperando para ver quanto a Europa vai influenciar na manutenção da taxa de juro (nos EUA). O mercado não vai querer passar muito posicionado de hoje para amanhã", disse um analista da Brava Investimento.

Mas o Ibovespa demorou a acompanhar a correção, tendo subido até 1,54 por cento na máxima do dia. Os destaques da alta, ao final do dia, foram os papéis de telecomunicações.

Brasil Telecom, com avanço de 2,98 por cento, a 12,45 reais, e Oi, com ganho de 2,61 por cento, a 29,07 reais, estiveram entre as maiores valorizações percentuais, em um movimento de recuperação após a queda da semana passada, motivada pela recusa dos acionistas da BrT em aprovar a troca de ações com a Oi.

"Caiu um pouco além da conta. É difícil falar o quanto a empresa perde por não conseguir a fusão completa", acrescentou o analista.

Também se destacaram positivamente empresas do setor de energia elétrica, como Eletrobrás, com alta de 2,22 por cento, a 24,85 reais, e Cesp, com valorização de 0,76 por cento, a 25,10 reais.

Outros setores, no entanto, sentiram a realização com mais força. As siderúrgicas, que subiram bem no começo do dia em meio à perspectiva de uma demanda maior por aço, perderam fôlego no fim.

Usiminas reduziu a alta para 0,89 por cento, a 47,50 reais, Gerdau teve baixa de 0,35 por cento, a 25,45 reais.

O presidente-executivo da Arcelor-Mittal, maior produtora de aço do mundo, afirmou que a demanda global pela matéria-prima deve crescer 10 por cento neste ano.

Outros destaques

BM&FBovespa, que repercutiu mais cedo a elevação do rating pela Standard & Poor's, também recuou no final, fechando em queda de 0,9 por cento, a 12,11 reais.

As preferenciais da Vale perderam 0,67 por cento, para 41,57 reais, com o maior volume do índice.

Quem caiu ao longo de todo o dia foi Petrobras, pressionada pela iminência de uma bilionária oferta de ações. Os papéis ordinários da empresa, com queda de 2,72 por cento, a 33,24 reais, foram a maior variação negativa do Ibovespa. As preferenciais caíram 0,99 por cento, a 29,11 reais.

Em assembleia nesta terça-feira, os acionistas da estatal aprovaram novos limites para a emissão de ações, com patamar autorizado de até 150 bilhões de reais.

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