A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta nesta segunda-feira, no maior nível de sua história, impulsionada por compras de estrangeiros e pelo bom desempenho do mercado acionário americano.
O Ibovespa subiu 3,21%, para 42.654 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 2,596 bilhões, em linha com a média diária do ano.
O dólar, por sua vez, apresentou leves oscilações ao longo do dia, que foi marcado pela tranqüilidade tanto na agenda econômica, quanto no cenário externo.
A moeda americana terminou cotada a R$ 2,1650, com queda discreta de 0,14%. Na máxima, o avanço limitou-se a 0,28%.
AÇÕES
Entre os destaques de alta ficaram os papéis da Brasil Telecom Participações (BRTP3), com variação de 8,23%, cotado a R$ 35,50; da Telemar (TMAR5), que subiram 6,32%, a R$ 52,00; e Contax (CTAX3), com valorização de 6,31%, a R$ 3,54. Entre as baixas, a ação preferencial da Embratel (EBTP4) recuou 0,14%.
Para o analista da Ativa Corretora, Gustavo Campos, a alta da Bovespa nesta segunda-feira já era previsível, uma vez que na sexta passada as bolsas americanas tiveram uma leve recuperação no fim do dia, que não foi acompanhada pela Bovespa, já que o mercado brasileiro está fechando meia hora à frente do americano.
Agora estamos acompanhando as bolsas lá fora que estão subindo com o anúncio de fusões e a queda do preço do petróleo diz.
DÓLAR
Os negócios com o dólar foram afetados nesta segunda-feira por um anúncio de captação, cujo valor não foi revelado, mas que deverá envolver cerca de R$ 750 milhões, de acordo com analistas ouvidos pela Reuters.
Para o responsável pela mesa de câmbio da Ativa Corretora, Marcelo Casabona, a tendência é de que as cotações não fiquem entre R$ 2,10 e R$ 2,15 até o fim do ano.
Não há muito espaço para que elas recuem abaixo disso. É provável que o dólar até suba um pouco mais porque há muitos bancos vendidos em dólar que tentarão zerar sua posição. Além disso, poderá haver um ajusta das cotações por conta das importações prevê.
A notícia também influenciou no risco-país do Brasil, que ampliou sua queda. O indicador recuava 2,18%, a 224 pontos centesimais.
JUROS
A maioria das projeções de taxas de juros interrompeu uma seqüência de quedas e oscilou entre estabilidade e leve alta nesta segunda-feira.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os investidores reduziram novamente o volume de negócios, ante o giro de contratos de depósito interfinanceiro (DI) da semana passada, aguardando a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que será divulgada na quinta-feira.
O DI fevereiro de 2007 fechou em leve baixa, a 13,12% ao ano. O DI janeiro de 2008 subiu a 12,74%. O DI janeiro de 2009 também encerrou o pregão em alta, a 12,92% ao ano.FOCUS
No cenário interno, analistas de mercado voltaram a baixar sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, de 2,94%, na semana passada, para 2,86%, segundo o boletim Focus do Banco Central. A estimativa do governo é de uma expansão de 3,2%.
WALL STREET
As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta segunda-feira, dia em que os anúncios de aquisições de empresas e a queda do preço do petróleo animaram as perspectivas para a economia.
O índice Dow Jones --principal indicador da Bolsa de Nova York-- subiu 0,74 por cento, a 12.283 pontos. O Standard & Poor's 500 avançou 0,89 por cento, para 1.409 pontos. O Nasdaq registrou valorização de 1,46 por cento, a 2.448 pontos.
Ainda no campo das notícias corporativas, o Bank of New York aceitou uma proposta de fusão com a Mellon Financial - acordo que renderá um prêmio de 6,5% aos seus acionistas. A combinação irá resultar em uma empresa líder global em gestão de recursos e serviços.
PETRÓLEO
O petróleo, por sua vez, recuou 1,65% em Nova York, para US$ 62,40. Em Londres, a cotação recuou 1,49%, para US$ 64,27.
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