A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a segunda-feira em pequena alta de 0,17%, para 37.641 pontos (volume financeiro de R$ 2,310 bilhões). Apesar de a saída do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ter sido anunciada ainda com a bolsa aberta, a repercussão deve ocorrer mesmo nesta terça-feira.
O mercado já dava desde cedo como certa a saída de Palocci, mas mais do que o anúncio do afastamento, os investidores queriam a definição do nome do substituto. Segundo alguns analistas, o estresse será inevitável neste primeiro momento se o novo ministro Guido Mantega não der garantias de que a política econômica vai permanecer.
- Não foi uma boa escolha. Aliás, foi péssima. O mercado deve estressar bastante nesta terça-feira se o Mantega não se pronunciar a favor da continuidade. Ele é menos monetarista e já se mostrou muitas vezes contrário à política atual. Apesar de o dólar já ter fechado quando o nome de Mantega foi anunciado, o índice futuro já apontava alta exagerada - disse Tommy Taterka, da Corretora Concórdia.
Para Luiz Roberto Monteiro, consultor de investimentos da Corretora Souza Barros, Guido Mantega também não é uma boa indicação. Segundo ele, o nome mais apropriado seria o de Murilo Portugal, secretário executivo da Fazenda.
- Não deu tempo para o mercado repercutir hoje. Mas, com certeza, amanhã os negócios serão para baixo. Mantega é muito político para o cargo - afirmou Monteiro.
Na máxima, o Ibovespa chegou a 37.893 pontos e na mínima, a 37.153. Entre as ações mais negociadas hoje estiveram Petrobras PN, Sid Nacional ON e Bradesco PN. Entre as baixas estiveram Eletrobras ON (4,80%), Brasil ON (4,74%) e Tran Paulista PN (4,03%). As principais altas foram de Aracruz PNB *7,61%), VCP PN (5,12%) e Usiminas PNA (4,84%).
O destaque nesta terça-feira também será para a definição do Federal Reserve sobre a taxa de juro nos Estados Unidos. A expectativa é que a taxa suba 0,25 ponto percentual, para 4,75% ao ano.