O principal índice de ações da Bovespa ampliou os ganhos na parte final do pregão desta sexta-feira (15) e fechou em alta, com a expectativa de uma ação coordenada de bancos centrais ofuscando a apreensão com a eleição deste domingo na Grécia que deve definir o futuro do país na zona do euro.

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O Ibovespa teve alta de 1,36%, a 56.104 pontos, refletindo também o movimento de ajuste de posições para o exercício de opções sobre ações que ocorre na segunda-feira. O volume financeiro é de R$ 9,68 bilhões, com 979.451 negócios fechados. Na semana, o índice acumulou alta de 3,1%.

"Os mercados estão precificando a expectativa de uma ação conjunta dos bancos centrais dependendo do resultado das eleições na Grécia", disse José Francisco Cataldo, estrategista da Bradesco e Ágora Corretora.

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Autoridades monetárias das principais economias mundiais verificaram suas munições, preparando uma ação conjunta para fornecer liquidez aos mercados e evitar restrições de crédito caso o resultado das urnas na Grécia cause turbulência.

A disputa entre o partido grego conservador Nova Democracia e a esquerda Syriza, contrário às medidas de austeridade fiscal para o resgate da zona do euro, promete ser acirrada, mas apostadores sugerem vitória dos conservadores.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 0,91%. Mais cedo, o principal índice das ações europeias subiu 0,96%.Apesar do otimismo, o clima de cautela prevalece entre investidores.

"O fato é que mesmo com eventual atuação dos BCs, o cenário continua ruim. Os países europeus continuam muito endividados e sem perspectivas de crescimento", disse o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos. "Neste cenário, estamos relativamente neutros em Bolsa, um pouco vendidos."

Na Bolsa paulista, o rali das blue chips nos minutos finais do pregão impulsionou o Ibovespa. A preferencial da Vale fechou com alta de 1,43%, a R$ 38,40, e a da Petrobras subiu 2,09%, a R$ 18,55. OGX subiu 5,72%, a R$ 9,98. Gol disparou 9,27%, a R$ 9,67, a maior alta do índice.

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"O mercado está acreditando que a suspensão dos voos para Santiago vai ajudar a companhia a ter um resultado melhor, ao reduzir custos", afirmou o estrategista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi. Na véspera, a companhia informou que deixará de voar para Santiago, no Chile, a partir de 3 de outubro.

Em sentido oposto, a preferencial da Usiminas recuou 4,24%, a R$ 7,45. Em relatório, o Deutsche Bank reduziu para "vender" a recomendação para a ação da siderúrgica brasileira, citando o enfraquecimento das receitas e a possibilidade de a empresa aumentar o capital.

Além da eleição na Grécia, o mercado também acompanhará na próxima semana a reunião do Federal Reserve (banco central norte-americano), nos dias 19 e 20 de junho, com a crescente expectativa de que seja anunciada uma nova rodada de estímulo à economia do país.