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Mercado financeiro

Bovespa sobe 2% com volta da confiança

Operador da Bolsa de Nova Iorque: alta forte após feriado | Chris Hondros/AFP
Operador da Bolsa de Nova Iorque: alta forte após feriado (Foto: Chris Hondros/AFP)

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o primeiro pregão "de verdade" da semana em terreno positivo. Na segunda-feira, o mercado esteve fechado nos Estados Unidos por causa de um feriado, o que reduziu o giro normal da bolsa paulista em 80%. Na jornada de ontem, o mercado foi guiado principalmente pela melhora surpreendente da confiança do consumidor norte-americano.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais movimentadas, teve alta de 2,02% no fechamento, batendo os 51.840 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou com ganhos de 2,37%.

As ações da Petrobras e da Vale foram o alvo principal dos investidores em seu retorno à bolsa: juntas, as ações preferenciais das duas gigantes somaram negócios de R$ 1,3 bilhão. O papel da estatal petrolífera teve ganho de 2,39%, enquanto a ação da mineradora ascendeu 1,37%.

Entre as principais notícias do dia, o instituto privado Conference Board mostrou que o nível de confiança do consumidor americano na economia de seu país voltou a melhorar: em maio, o indicador teve leitura de 54,9 pontos, ante 40,8 no mês anterior. A alta ficou muito acima do esperado pelos analistas, que projetavam crescimento para 42,3 pontos.

Câmbio

A cotação do dólar comercial caiu pelo terceiro dia consecutivo e renovou a mínima registrada neste ano, voltando para o patamar de outubro de 2008. Nos últimos negócios de ontem, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 2,018 ontem, em baixa de 0,39%.

Com a percepção de que "o pior já passou", o fluxo de recursos externos para o país continua forte e derrubando os preços da moeda norte-americana: a cotação caiu em 11 dias úteis do mês.

Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora Fair, compara o momento atual ao primeiro semestre do ano passado, quando o país também foi inundado por dólares em busca dos altos juros domésticos.

"Com essa ideia de que o pior já passou, o dinheiro que estava parado está voltando", avalia Iha. "Essa semana, com a formação da Ptax, provavelmente o dólar pode bater abaixo de R$ 2. Isso não quer dizer que vai ficar nesse patamar. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já avisou mais de uma vez que há uma certa euforia um pouco injustificada", acrescenta.

A Ptax é a taxa média de câmbio divulgada diariamente pelo BC. É também a cotação utilizada como referência para a liquidação dos contratos futuros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Próximo aos dias de vencimento desses contratos, os agentes financeiros regularmente entram no mercado para influenciar a formação dessa Ptax, conforme interesse a alta ou a baixa do dólar.

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