A Bovespa subiu nesta quinta-feira (1º), impulsionada pelas blue chips Petrobras e Vale, após dados mostrarem aceleração moderada da indústria da China e com o mercado ainda repercutindo o comunicado do banco central norte-americano na véspera. O Ibovespa teve ganho de 1,88%, a 49.140 pontos. O giro financeiro da sessão somou R$ 6,75 bilhões.

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O movimento de alta, após três sessões consecutivas de queda, seguiu as bolsas norte-americanas e refletiu o melhor humor de investidores a respeito do cenário internacional.

Números divulgados mais cedo mostraram que a atividade industrial da China foi levemente mais forte que o esperado em julho. O PMI oficial subiu para 50,3 em julho ante 50,1 em junho. O mercado previa queda, para 49,9.

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Embora analistas tenham evitado concluir que a segunda maior economia do mundo controlou sua desaceleração, o dado foi bem recebido, após autoridades chinesas terem indicado recentemente que não permitiriam crescimento do Produto Interno Bruto abaixo de 7 por cento. "O reflexo dos números melhores da China na Bovespa foi imediato, com Petrobras e Vale subindo bem", disse o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

Petrobras se beneficiou ainda do anúncio de que a produção de petróleo da estatal no Brasil cresceu 4,6 por cento em junho, ante maio .

Também ajudou no avanço da bolsa o crescimento acima do esperado, de 1,9 por cento, da produção industrial brasileira em junho frente a maio. "Os dados contribuíram para dar um clima melhor ao mercado, assim como resultados corporativos positivos", afirmou o gerente de renda variável Ariovaldo Santos, da H.Commcor.

Gerdau foi um destaque de alta, após a maior produtora de aços longos das Américas ter divulgado lucro líquido acima do esperado pelo mercado.

Já a JBS registrou a maior valorização do índice. Na véspera, a Pilgrim's Pride, divisão de carne de frango da empresa nos Estados Unidos, anunciou um aumento de 175 por cento no lucro líquido no segundo trimestre na comparação anual.

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O mercado também seguiu otimista com o Federal Reserve, banco central norte-americano, que não deu na quarta-feira indicações de redução iminente em seu plano de estímulo à economia, que tem elevado os fluxos de liquidez globais.

Nesta quinta, também foi vista com bons olhos a decisão do Banco Central Europeu de manter sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento.