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Mercados

Bovespa sobe com PIB americano e dólar cai ao menor valor em seis anos

São Paulo – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos foi revisado de 2,2% para 2,5% no quarto trimestre. A notícia repercutiu positivamente nos mercados, aqui e no exterior. As bolsas subiram, o dólar caiu para o menor nível em seis anos, o risco Brasil atingiu nova mínima histórica e os juros futuros recuaram. O Índice Bovespa fechou em alta de 1,96%, aos 45.355 pontos. Com esse resultado, a bolsa passou a acumular altas de 3,33% em março e de 1,98% em 2007.

O movimento financeiro ficou em R$ 4,738 bilhões. Em Nova Iorque, o Índice Dow Jones avançou 0,39% e a Nasdaq, 0,03%. O barril do petróleo para entrega em maio fechou em alta de 3,04% em Nova Iorque, cotado a US$ 66,03, o que estimulou os negócios com ações da Petrobrás. Os papéis preferenciais da estatal tiveram giro de R$ 1,003 bilhão e subiram 5,18%. "O giro da Bovespa disparou ontem. Em boa parte, isso aconteceu por causa das ações da Petrobrás", comentou um operador.

Ele observou também que outro destaque do pregão da bolsa ficou por conta das ações do setor aéreo, já que o mercado ainda repercutiu a aquisição da companhia aérea VGR (a nova Varig) por US$ 320 milhões pela Gol. A operação foi bem avaliada pelo mercado, que ressaltou os ganhos estratégicos da companhia, que vai absorver as rotas internacionais da VGR e reduzir a distância para sua principal rival, a TAM. Os papéis PN da Gol e da TAM lideraram o ranking das maiores altas do Ibovespa, com valorização de 10,14% e 6,14%, respectivamente.

Nos juros futuros, as taxas caíram, sobretudo nos vencimentos longos, mas nada garante a continuidade desse comportamento. Como os indicadores americanos têm apontado para direções diversas, "cada dia é um dia no mercado", nas palavras de um operador.

Dólar

O dólar fechou ontem no patamar mais baixo dos últimos seis anos. No final do dia, a moeda era vendida a R$ 2,0440, em baixa de 1,21%. Trata-se da menor cotação desde 7 de março de 2001, quando o dólar fechou cotado a R$ 2,0460.

Mais uma vez o fluxo de recursos para o país se sobrepôs à atuação do Banco Central. Ou seja, a oferta foi muito grande, apesar da compra de moeda promovida pelo BC. Durante o dia, o dólar oscilou entre a máxima de R$ 2,0600 e a mínima de R$ 2,0400. Com o resultado de ontem, a moeda norte-americana acumula baixa de 4,31% no ano.

O risco Brasil – taxa que mede a desconfiança do país na capacidade de pagamento da dívida – fechou em 169 pontos base, o menor patamar já alcançado pela taxa desde 1992, quando ela foi criada pelo JP Morgan. Neste patamar, significa que os títulos da dívida brasileira pagam 1,69 pontos porcentuais acima dos juros dos papéis da dívida norte-americana, considerados sem risco.

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