A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta influenciada pelos mercados americanos, depois de ter iniciado o dia em baixa. Esta terça-feira começou com incertezas em relação ao movimento das bolsas dos Estados Unidos, que tinham ficado fechadas na sessão anterior por causa de feriado, mas o mercado ficou aliviado logo depois da divulgação da atividade manufatureira no país . O indicador de agosto - quando estourou a crise das hipotecas - ficou dentro das expectativas e caiu para 52,9 em agosto, contra 53,8 em julho.
O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, subiu 0,76%, aos 55.250 pontos. O dólar recuou 0,31%, negociado a R$ 1,948, enquanto o risco-país caiu 2,5%, aos 195 pontos básicos. O índice Dow Jones subiu 0,68%; o Nasdaq tem alta de 1,30% e o S&P, 1,05%.
Além dos dados positivos da economia americana, o Fed (banco central americano) solicitou aos prestadores de serviços de hipotecas que ajudem os devedores a renegociar contratos , o que é mais uma evidência de que a autoridade monetária está tentando intervir para amenizar a crise.
- O mercado americano ficou fechado ontem e, só em não haver notícias negativas, já subiria normalmente. No Brasil, a Bovespa acompanhou - avaliou o analista, lembrando também que a expectativa em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira pode ter impedido uma alta ainda maior da Bovespa.
Na reunião que acontece nesta terça e quarta-feira, o Copom decidirá a nova taxa básica de juros do país. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa, que deverá cair para 11,25% ao ano. Entretanto, os investidores esperam para saber qual será o placar da decisão, o que poderia indicar que o fim da seqüência de queda das taxas esteja próximo.