São Paulo - Puxada por seus principais papéis, as ações da Vale e Petrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou ao patamar dos 51 mil pontos, predominante desde o fim de maio. O termômetro da bolsa, o Ibovespa, valorizou-se 3,71% no fechamento e alcançou os 51.514 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,79 bilhões. Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 2,08%.
A ação preferencial da Petrobras teve alta de 4,03%, enquanto a ação da Vale avançou 4,10%. Juntos, os dois papéis somaram negócios da ordem de R$ 1,32 bilhão. As duas empresas, as maiores do país, anunciaram ontem um acordo para exploração de gás natural em três blocos petrolíferos no Espírito Santo. Os blocos estão situados entre mil e 2 mil de profundidade, na região acima da camada do "pré-sal".
O mercado começa a "calibrar" a euforia dos meses de abril e maio em confronto com o desânimo percebido neste mês, em que os investidores se dedicaram a vender ações que subiram demais nas semanas precedentes.
Câmbio
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,952 ontem, em um decréscimo de 1,66% sobre a cotação de quarta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo ficou estável, cotado a R$ 2,090.
Analistas esperavam uma semana bastante volátil para o mercado de câmbio. O lançamento de ações da Visanet, que pode bater a casa dos R$ 9,7 bilhões, mexeu com as expectativas de um forte ingresso de dólares, uma vez que, nos últimos anos, operações semelhantes foram um chamariz para investidores estrangeiros.
Enquanto isso, o Banco Central mantém sua prática de entrar no mercado diariamente. No leilão de compra de moeda feito ontem à tarde, o BC aceitou ofertas por R$ 1,9565 (taxa de corte). A autoridade monetária também informou que vai consultar os agentes financeiros sobre o interesse em contratos de "swap" cambial. O objetivo do BC é renovar o estoque de títulos que vencem no dia 1º de julho.
Profissionais de mercado salientam que é interesse dos agentes financeiros derrubar as cotações da moeda norte-americana para ganhar na liquidação financeira desses contratos de "swap", que equivalem a uma operação de venda de dólares no mercado futuro.
Visanet
No mercado doméstico, o IPO da Visanet continuou em destaque. Ontem, a empresa ampliou o período de reserva de ações para investidores não institucionais até as 16 horas o prazo terminaria na véspera. A medida foi tomada após a exclusão de 23 corretoras da oferta, pelo coordenador líder, Bradesco BBI, sob a justificativa de utilização de material publicitário sem prévia aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e descumprimento à instrução 400 da autarquia.
O banco explica que a prorrogação foi decidida porque vários investidores não tiveram tempo hábil de procurar outra corretora após terem seus pedidos cancelados na véspera, quando as corretoras foram excluídas.
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