Com a sessão esvaziada na última hora e meia de negócios devido ao jogo da seleção brasileira na Copa, a Bovespa refletiu o otimismo global devido à menor tensão com a Europa e conheceu o maior nível em 1 mês.

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O Ibovespa, mais relevante índice acionário do país, avançou 1,43 por cento, aos 64.442 pontos, maior patamar desde 13 de maio. O giro financeiro, no entanto, ficou em apenas 3,74 bilhões de reais, o menor do ano.

O mote da sessão foi a forte demanda do mercado por bônus soberanos de Espanha, Irlanda e Bélgica, aliviando temores com os desdobramentos da crise fiscal europeia.

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"Parece que o fundo dos índices ficou para trás", disse o operador Rodrigo Falcão, da corretora Icap.

O principal índice europeu teve a quinta alta seguida. Em Wall Street, os principais índices subiram mais de 2 por cento. O Standard & Poor's 500 superou a média móvel de 200 dias pela primeira vez desde 20 de maio.

O setor financeiro, que vinha sendo bastante penalizado nas últimas semanas, puxou a recuperação, tendência que foi repetida na bolsa paulista. Itaú Unibanco ganhou 2,5 por cento, a 35,19 reais. Bradesco subiu 2 por cento, a 30,40 reais.

Individualmente, o setor aéreo foi o de melhor desempenho, embora com menor peso no índice. TAM deu um salto de 8 por cento, a 26,90 reais. Gol ganhou 7,8 por cento, a 22,99 reais.

Em relatório, a Itaú Corretora afirmou que os dados divulgados na segunda-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostrando que o tráfego aéreo no Brasil avançou 20,2 por cento em maio ante o mesmo mês de 2009, superaram as expectativas.

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Por sua vez, a alta global das commodities, referenciada pelo avanço de 1,3 por cento do índice Reuters-Jefferies CRB, deu sustentação à maioria das ações domésticas ligadas a metais e petróleo.Em destaque, OGX avançou 4,5 por cento, para 17,10 reais. O papel preferencial da Vale ganhou 1,2 por cento, a 42,20 reais.

O desempenho do Ibovespa teria sido ainda melhor não fosse o fraco desempenho de Petrobras, cuja ação preferencial caiu 0,17 por cento, a 29,00 reais.

De acordo com Falcão, da Icap, os papéis da petrolífera devem seguir pressionados no curto prazo, pelo menos até que a companhia conclua seu processo de capitalização, por meio de uma oferta primária de ações que deve levantar dezenas de bilhões de dólares.