Risco país tem novo piso mínimo histórico
A queda mais acelerada do risco-Brasil, que fechou em nova mínima histórica de 153 pontos básicos nesta segunda-feira e já acumula redução superior a 20% nos últimos 30 dias, está pavimentando o caminho para que o país obtenha o tão sonhado "grau de investimento" das agências classificadoras.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta nesta segunda-feira e fechou bem perto de 49 mil pontos, ampliando seu recorde histórico, em linha com os ganhos registrados nas principais bolsas do mundo.
O princial indicador da Bovespa encerrou com ganho de 2,08 por cento, a 48.921 pontos. Foi a oitava alta do Ibovespa nos dez pregões realizados neste mês.
Na máxima do dia, chegou a atingir 49.021 pontos. O volume financeiro somou 6,6 bilhões de reais, bem acima da média diária do ano, de 3,6 bilhões de reais. O exercício de opções também contribuiu para o bom desempenho da bolsa e registrou giro recorde de 2,3 bilhões de reais.
"Lá fora (Wall Street) abriu e começou a subir. Aqui veio junto e opções que muitos achavam que iriam virar pó (não iriam ser exercidas), acabaram dando exercício", comentou Júnior Hydalgo, diretor da Trust Investimentos.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 0,86 por cento e o Nasdaq avançou 1 por cento. Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 exibiu valorização de 1,2 por cento.
"O mercado está acompanhando o cenário externo e as notícias favoráveis", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimento da corretora Souza Barros.
Entre os motivos para a alta está a aposta do mercado de que o Brasil deve receber uma melhora da nota dada por agências de classificação de risco, o que ampliaria a gama de investidores que podem aplicar no país.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega está em Nova York para um encontro com as principais agências de risco. Atualmente, a nota do Brasil está a dois degraus da faixa considerada grau de investimento.
O destaque da sessão foram as ações de bancos, que se recuperaram das perdas registradas no último mês, na esteira da expectativa de consolidação no setor.
A maior alta foi Unibanco, que subiu 6,4 por cento. Bradesco subiu outros 4,34 por cento e Itaú avançou 2,86 por cento.
A blue chip Vale do Rio Doce avançou 3,2 por cento.
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