Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Mercado

Bovespa tem maior queda desde fevereiro e fecha a 55.794 pontos

Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes | Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes (Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo)

São Paulo – Em um dia de realização de lucros, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve forte queda ontem. O Ibovespa, seu principal índice, fechou com recuo de 3,86%, aos 55.794 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,83 bilhões. Essa foi a maior queda do índice desde 27 de fevereiro, quando o Ibovespa recuou 6,6%, aos 43.145 pontos. Na última quinta-feira, o índice havia registrado um novo recorde, aos 58.124.

Em um dia com agenda econômica fraca, o pregão brasileiro seguiu a tendência de baixa verificada nas Bolsas americanas, influenciadas por resultados corporativos abaixo do esperado e, principalmente, pela preocupação com o setor imobiliário.

Segundo o analista da corretora Souza Barros, André Borghesan, as preocupações em torno do crédito imobiliário "subprime" (alto risco) voltaram a rondar os investidores. A Countrywide Financial, maior empresa dos Estados Unidos de financiamento imobiliário, anunciou ontem queda de 33% no lucro do segundo trimestre, que foi de US$ 485 milhões.

Os papéis da American Express caíram com a notícia de que a empresa ampliou a reserva de dinheiro para perdas com inadimplência de clientes. A empresa teve um aumento de 12% em seus lucros no trimestre passado. As ações da rede de restaurantes fast food McDonald’s também tiveram queda, após o anúncio de um prejuízo de US$ 711,7 milhões no segundo trimestre de 2007, contra um lucro de US$ 824,1 milhões no mesmo período do ano passado.

Já o lucro da americana PepsiCo, segunda maior fabricante mundial de refrigerantes, registrou um crescimento de 13% chegando a US$ 1,56 bilhão. "Qualquer coisa já é motivo para realização, ainda mais diante das últimas altas verificadas nas Bolsas", diz Borghesan.

Na cena doméstica, os investidores aguardam, principalmente, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com analistas, devido ao placar apertado da última reunião, a ata pode indicar os rumos da política monetária para o restante do ano. Na semana passada, o Copom decidiu cortar os juros em 0,5 ponto porcentual, para 11,5% ao ano.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros