Arrastada pela piora de Wall Street no final da volátil sessão desta segunda-feira (24), a Bovespa reverteu para baixo após ter passado a maior parte do dia no azul.
Sob peso das blue chips Vale e Petrobras, mesmo com leve alta das commodities, o Ibovespa fechou desvalorizado em 0,56 por cento, aos 59.915 pontos. O giro financeiro da sessão, de 4,64 bilhões de reais, foi o menor em 4 semanas.
De acordo com profissionais do mercado, o anúncio de que o Banco Central da Espanha assumiu o controle de uma instituição de pequeno porte do país no final de semana subiu o tom da tensão com o possível alastramento da crise na zona do euro.
"Está ficando claro que o desfecho da crise na Europa não vai ser indolor", disse o diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud.
Durante boa parte do dia, essa preocupação ficou em segundo plano, em meio à alta das ações de empresas de commodities, após o governo chinês mostrar-se cauteloso em adotar novas medidas de restrição monetária para conter o ritmo de crescimento econômico do país. Puxado pelas mineradoras, o índice europeu de ações FTSEurofirst fechou em alta.
Em Wall Street, previsões animadoras de analistas para empresas de tecnologia levaram os índices momentaneamente para cima. Mas, no final, o medo com a Europa prevaleceu.
Na bolsa paulista, o termômetro desse vaievém foi o papel preferencial da Vale, que fechou em baixa de 1,2 por cento, a 39,80 reais, depois de ter chegado a subir mais de 1 por cento.
Movimento semelhante fez a ação preferencial da Petrobras, que terminou o dia depreciada em 0,8 por cento, a 27,15 reais.
Por setores, o imobiliário foi o que mais sofreu. Gafisa e Rossi Residencial puxaram a fila, com ambas tombando 4,2 por cento, a 10,54 reais e 11,92 reais, respectivamente.
Um dos destaques na ponta de alta foi OGX, com avanço de 4,1 por cento, para 15,85 reais, após a companhia ter informado pela manhã que encontrou indícios de petróleo e gás natural na bacia de Santos.