O ouro, tradicional refúgio dos investidores quando não há apetite por risco, teve valorização de 4,35% em maio| Foto: Sebastian Derungs/AFP

O mês de maio foi desastroso para as bolsas. Referência mundial, a Bolsa de Valores de Nova York viu as ações recuarem quase 8%, o pior tombo desde fevereiro de 2009. A bolsa brasileira não teve desempenho muito melhor, com perdas de 6,6%.

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Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,7%, o que pouco ajudou a alterar o panorama mensal. Ao longo de maio, o investidor viu se acumularem as notícias negativas sobre a crise na Europa, culminando com o rebaixamento do "rating" (nota sobre o risco de crédito de um ativo) da dívida espanhola.O volume magro de negócios (apenas R$ 3,8 bilhões, metade do giro normal) mostrou a pouca disposição do investidor em se arriscar. As bolsas europeias também tiveram dia morno. Em Paris, as ações recuaram 0,21%. Em Frankfurt, a bolsa subiu 0,30%. No mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial ficou 0,60% mais caro, cotado a R$ 1,821.

O estresse de maio determinou o movimento habitual de fuga do risco (ações) para os habituais refúgios do ouro e do dólar. Por esse motivo, enquanto a bolsa amargou a pior posição na lista de aplicações financeiras do mês, a moeda americana e a commodity ocuparam o topo, com valorizações de 4,78% e 4,35%, respectivamente.

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Os investimentos mais conservadores mal cobriram a inflação do período (1,19% pelo IGP-M). Enquanto a poupança teve retorno de 0,55%, os fundos do renda fixa tiveram rentabilidade em torno de 0,75%, praticamente a mesma taxa do CDB.