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BP quer fim de indenização por vazamento no Golfo

A British Petroleum (BP) apresentou moção em um tribunal federal nos Estados Unidos nesta sexta-feira (15) para tentar adiar o pagamento de indenizações referentes ao vazamento de petróleo ocorrido em 2010, no Golfo do México. A companhia pede adiamento até que se chegue a uma resolução em sua disputa para revisão da forma de cálculo da indenização a empresas que alegam danos por causa do vazamento.

A BP disse, em seu pedido de liminar, que houve má interpretação de um acordo que rege os pagamentos a milhares de requerentes, muitos deles pescadores, hoteleiros e donos de restaurantes, que dizem que seus negócios foram prejudicados pelo derramamento de petróleo após a plataforma Deepwater Horizon explodir no golfo.

O resultado, diz a BP, são "somas significativas e crescentes de dinheiro para milhares de requerentes com perdas fictícias". "Isso simplesmente não é o que as partes negociaram ou o que este tribunal aprovou", a BP escreveu.

A empresa diz que já gastou mais de US$ 24 bilhões com custos de limpeza e restauração, além de pagamentos a empresas, governos e reclamantes individuais relativos ao acidente que matou 11 pessoas e deu início ao pior vazamento de óleo da história dos EUA.

Na moção, feita à corte distrital de Louisiana (EUA), a BP questiona a forma como foi calculado o prejuízo para os negócios locais em função do vazamento de petróleo. "Dois terços de todas as indenizações acima de US$ 75 mil são baseadas em dados falhos", disse a BP em sua apresentação. A BP afirmou ainda que vai continuar a pagar "a grande maioria" dos outros tipos de reivindicações, mesmo que o tribunal aceite seu pedido.

O administrador de um comitê que reúne os afetados pelo vazamento disse que a BP já tinha concordado em como o comitê calcularia quanto a empresa deveria pagar aos reclamantes e que só agora, quando os números acabaram maiores do que a BP tinha esperado, passou a contestar o cálculo.

"Dito de forma simples, a BP subavaliou o acordo e subestimou o número de pessoas e empresas que se qualificam sob as fórmulas objetivas com as quais a BP concordou", disseram os advogados que representam o comitê, em um comunicado.

Em seu relatório anual, apresentado em março, a BP disse que não poderia mais dar uma estimativa confiável para o custo total do acordo que a empresa fechou, no ano passado, com o comitê dos queixosos, mas afirmou que o valor vai ser significativamente acima de US$ 7,7 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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