A presidente da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, Maria da Graça Foster, negou a possibilidade de que haja uma demissão em massa de funcionários da Ipiranga, comprada pela Petrobras, Braskem e Grupo Ultra em março. Segundo Maria da Graça, a intenção dos novos controladores é "manter, se possível, a totalidade dos empregados da empresa".
A possibilidade de demissões em massa foi levantada na última sexta-feira (13) pelo Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sitramico) no Rio de Janeiro. Segundo o Sitramico, 29 trabalhadores foram demitidos da Ipiranga no Rio Grande do Sul e outros 13 estariam sendo demitidos em São Paulo.
Segundo Maria das Graças, o presidente do grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, informou-a de que essas demissões se referiam ao pessoal executivo da Ipiranga "e que, definitivamente, não se tratava de demissões em massa". Segundo o Ultra, os demitidos faziam parte da equipe de suporte direto e pessoal dos antigos acionistas da Ipiranga.
A presidente da BR afirmou ter uma agenda prevista para um encontro, ainda este mês, entre a BR, o Grupo Ultra e os sindicalistas, "onde nós vamos poder conversar um pouco mais sobre o assunto".
"Eu fiquei preocupada quando soube das demissões, mas depois entendi que não era uma ação que tratasse de um processo de demissão que começaria agora e não se saberia a extensão dele", disse à "Agência Brasil". Maria da Graça Foster esclareceu que foi o próprio Sitramico que solicitou sua presença na reunião com o grupo Ultra para tratar da manutenção de empregos na Ipiranga.
Ela assegurou que a proposta da Petrobras, através da BR, que é quem cuida dos ativos da distribuição, foi desde o início manter empregos. "A proposta é de que a gente tenha o máximo, se possível, total aproveitamento das forças de trabalho das nossas atividades. Esses são os nossos planos realmente", afirmou.
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