O diretor de operações de tráfego da BRA, Valdomiro Silva Junior, afirmou nesta quinta-feira que, enquanto a Varig não falir oficialmente, as demais empresas aéreas só transportarão passageiros da companhia se houver vagas em seus vôos.
- Enquanto a Varig não tiver uma definição, eu não posso transportar passageiros da Varig como um favor. Posso encaixar em outro vôo que já existe, não me custa nada, mas voar para um país para buscar passageiros da Varig eu só posso fazer se houver um colapso, se ela parar realmente e eu quero em troca alguma coisa, como toda empresa quer - disse.
Valdomiro Junior afirmou que as empresas que assumirem as rotas internacionais da Varig em caráter emergencial precisam ter garantia de ficar um determinado período nestas linhas para compensar os gastos, que pode ser de seis meses a um ano. Ele lembrou que, antes de uma definição oficial da situação da Varig, a companhia continua responsável por seus passageiros.
Segundo o diretor da BRA, se algo mais drástico ocorrer, as demais empresas colocarão vôos extras em 48 horas para atender à demanda. Ele lembrou ainda que até o momento não se está discutindo a transferência de rotas domésticas em caráter definitivo.
Valdomiro Junior disse ainda que a BRA é contra a realização de leilões para transferências das rotas da Varig.
- Se for decidido por leilão, vamos limitar ao poder econômico a dominação da aviação brasileira e é melhor para a saúde do mercado se houver mais empresas e mais competição, pois, se houver apenas duas empresas, com certeza vai haver aumento de tarifas e o consumidor será prejudicado - disse.
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