O Bradesco voltou a liderar, em maio, a lista das instituições com maior volume de queixas em relação ao tamanho de seu conglomerado. Entram no ranking formulado todos os meses pelo Banco Central os bancos com mais de 2 milhões de clientes. No rol do mês passado, o Bradesco alegou que a primeira posição de abril era “circunstancial” e se devia à inclusão de “registros específicos” que estavam sendo ajustados.
De acordo com o BC, o total de pontos recebidos pelo Bradesco aumentou de 11,90 em abril para 15,64 pontos no mês passado. A instituição, que conta com 75,7 milhões de clientes, recebeu 1.185 queixas consideradas procedentes pelo órgão fiscalizador ante 899 da edição anterior. Essa classificação por pontos é gerada com base em um índice que leva em conta instituições que receberam o maior volume de queixas de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Todas são avaliadas pelo BC pelo seu conglomerado.
Na segunda posição agora está a Caixa, que figurava na terceira colocação em abril. A instituição oficial recebeu 9,63 pontos no mês passado ante 7,42 pontos de abril. O resultado é proveniente de 733 reclamações, de um total de 76 milhões de clientes. Já o HSBC, que colocou ativos à venda no Brasil, desceu para a terceira posição em maio – estava na segunda, em abril. O banco inglês, que conta com 10,1 milhões de clientes no Brasil, recebeu 89 críticas consideradas procedentes pela autarquia, o que perfez um total de 8,73 pontos em maio.
Na quarta posição, com 5,48 pontos (5,23 pontos em abril), segue o Santander. O banco espanhol tem uma base de 32,3 milhões de clientes – o total de críticas aos seus serviços em maio foi de 177, conforme o BC. Na quinta colocação também não houve alteração: encontra-se o Banco do Brasil, que possui 55,7 milhões de clientes e foi apontado por erros e omissões por 236 vezes no mês passado. Isso fez com que a instituição obtivesse 4,23 pontos em maio ante 4,67 pontos do mês anterior. Da sexta até a décima colocação estão as seguintes casas: Votorantim, Itaú, Banrisul, Mercantil do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil.
A queixa geral mais comum no mês passado seguiu com a restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais por recusa injustificada, com um total de 1.087 indicações em maio . O segundo maior motivo de queixas também permaneceu com irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (547 em maio ante 438 de abril) e, o terceiro, a débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente (228). A insatisfação dos clientes com a resposta recebida da instituição financeira referente à reclamação registrada no Banco Central permaneceu em quarto lugar, com 145 críticas.
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