O Bradesco, maior conglomerado financeiro privado do país, divulgou nesta segunda-feira um lucro de R$ 1,602 bilhão para o segundo trimestre deste ano, 13% maior que no mesmo período do ano passado.
No primeiro semestre, o lucro acumulado pelo Bradesco foi de R$ 3,132 bilhões, resultado 19,5% superior ao obtido na primeira metade de 2005. Os ganhos superaram o do segundo maior banco do país, o Itaú, que lucrou R$ 1,498 bilhão, no segundo trimestre, e R$ 2,958 bilhões, nos primeiros seis meses do ano .
A carteira de crédito, incluídos avais e fianças, alcançou R$ 102 bilhões, com crescimento de 7,2% no trimestre. Sem considerar avais e fianças, a carteira encerrou o primeiro semestre com um saldo de R$ 88,6 bilhões, 5% maior que no final de março.
O crédito à pessoa física registrou uma expansão de 5,2% no trimestre e representava 42,4% da carteira no final de junho. Conforme comunicado emitido pelo banco, o crescimento se deveu à "maior demanda por crédito pessoal e financiamento de veículos, em função da melhora do nível da atividade econômica".
As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) tiveram um acréscimo de R$ 178 milhões de reais no trimestre e alcançaram um saldo de R$ 5,8 bilhões, R$ 1,1 bilhão acima da requerida pelo Banco Central.
O acréscimo se explica, segundo o Bradesco, "pelo crescimento do índice de inadimplência geral, tanto em função da mudança do perfil da carteira, com maior participação nas operações para pessoa física, quanto à ligeira deterioração da capacidade de pagamento dos clientes, observada em todo Sistema Financeiro Nacional".