Serviço bancário foi interrompido pelo segundo dia consecutivo ontem em mais de 150 agências| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O banco Bradesco conseguiu decisão favorável na Justiça do Trabalho assegurando que o sindicato dos bancários não interrompa as atividades em nenhuma de suas agências. Caso a ordem seja descumprida, o sindicato terá de pagar multa de R$ 70 mil por hora e por agência parada. A entidade sindical vai recorrer.

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A decisão é um novo foco de incêndio na campanha salarial da categoria, que chegou ontem ao segundo dia de greve. Os bancos fazem o que podem para evitar a paralisação dos trabalhos – na segunda-feira, o HSBC usou helicópteros para transpor os piquetes e levar funcionários para seus centros administrativos –, e o sindicato dos trabalhadores, por sua vez, promete intensificar o movimento.

Ontem, quase metade (48%) das 329 agências de Curitiba e região metropolitana foram fechadas, informou o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região – num total de 13,3 mil trabalhadores parados. No interior do Paraná, cerca de 2,5 mil profissionais de 140 bancos teriam aderido à greve e interrompido todas as atividades. Também não houve expediente nos 11 centros administrativos do HSBC e da Caixa Econômica Federal, segundo o sindicato.

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A Federação Nacional de Bancos (Fenaban, braço sindical das empresas) informou que os bancos associados têm o dever de assegurar o direito de acesso às agências por parte de clientes, funcionários e do público em geral. Portanto, mais bancos privados, além do Bradesco, podem adotar medidas como ações de interdito proibitório – medida prevista no Código Civil e que tem como objetivo garantir o acesso a coisas e bens.

Os bancários reivindicam aumento salarial de cerca de 13%. Também pedem mais investimento dos bancos em segurança nas agências e imediações, mais contratações e aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dentre outras reivindicações.