O Bradesco comprou o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj) por 1,025 bilhão de reais, quase o dobro do valor mínimo de 513,9 milhões de reais definido para o leilão realizado nesta sexta-feira no edifício da Bolsa do Rio.
"Fizemos uma oferta mais agressiva porque estamos querendo ampliar a nossa presença no Rio de Janeiro. Estamos de olho nos mais de 400 mil funcionários e na folha de pagamentos (do Estado)", afirmou o diretor do Bradesco Poder Público, Renan Mascarenhas Carmo, a jornalistas, após o leilão.
"O banco tem um crédito fiscal interessante", acrescentou o executivo. O Berj tem crédito fiscal de cerca de 3 bilhões de reais com a União, segundo informações do governo estadual.
Além da proposta vencedora do Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Banco do Brasil (por meio do Votorantim) apresentaram ofertas pelo Berj. A que ficou mais perto do valor oferecido pelo Bradesco foi a do BB, de 729,4 milhões de reais.
O Berj é o espólio do Banerj, que foi comprado pelo Itaú em 1997. O governo do Rio vinha tentando, sem sucesso, leiloar o Berj desde 1996.
O Bradesco terá que pagar 20 por cento do valor total ao governo do Rio em cinco dias e o restante em até 150 dias.
As ações preferenciais do Bradesco mostravam oscilação positiva de 0,03 às 12h58, cotadas a 29,86 reais. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,5 por cento.