O Bradesco teve, em 2012, o quarto maior lucro contábil da história entre os bancos brasileiros de capital aberto, segundo um levantamento feito pela consultoria Economatica.

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O resultado, divulgado nesta segunda-feira (28), foi de R$ 11,38 bilhões, cerca de 3% acima da cifra registrada um ano antes.

O banco inaugurou a temporada de balanços do setor com a divulgação dos resultados -portanto, o Bradesco ainda pode perder a liderança no ranking se outras instituições divulgarem lucro contábil superior em 2012.

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O lucro ajustado, que descarta eventos extraordinários, ficou em R$ 11,523 bilhões, cerca de 3% acima da cifra registrada um ano antes.

De acordo com o levantamento da consultoria, entre os dez maiores lucros históricos dos bancos, quatro são do Banco do Brasil, três do Bradesco e três ItaúUnibanco.

O maior lucro da história foi registrado pelo ItaúUnibanco em 2011, de R$ 13,83 bilhões. Em seguida vem o Banco do Brasil, no mesmo ano, com R$ 12,68 bilhões.

Depois, novamente, vem o lucro do ItaúUnibanco, de 2010, de R$ 11,7 bilhões.Foram considerados no levantamento os lucros anuais nominais (sem ajuste pela inflação).

Crédito

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Depois de avanços mais tímidos no volume de crédito ao longo do ano, o Bradesco registrou uma aceleração nos negócios no último trimestre, quando o lucro ajustado teve alta de 5,3% ante igual período de 2011, para R$ 2,9 bilhões, abaixo das previsões de mercado.

Nos três últimos meses do ano, a carteira de crédito cresceu 3,7% -ante 1,8% no trimestre anterior-, puxada especialmente pelo segmento de grandes empresas, de menor risco de inadimplência.

Apesar da melhora, o banco registrou um nível mais fraco de avanço no crédito em 2012. O volume total da carteira, de R$ 385,529 bilhões, representa um crescimento de 11,5%. A previsão inicial do banco era alcançar uma variação de 14% a 18%.

O crescimento menor refletiu a combinação de baixa atividade econômica do Brasil e elevação dos calotes, o que levou os bancos do país a serem mais prudentes na concessão de crédito.

O índice de inadimplência do Bradesco, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em relação à carteira total, ficou estável no quarto trimestre, em 4,1%. O nível é 0,2 pontos percentuais superior ao mesmo período do ano passado.

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A tendência de crescimento na inadimplência contribuiu para resultado mais fraco do banco no ano passado. Apesar de uma desaceleração no último trimestre, as provisões para perdas com créditos de baixa qualidade subiram 27,1% em 2012, para R$ 13 bilhões.