O Brasil "não é a China da América Latina", mas o seu nível atual de crescimento econômico pode ajudar os demais países da região, avalia a agência Moodys, especializada na avaliação de rating (nível de risco de crédito) de nações e empresas. Segundo a Moodys, uma das agências mais importantes em sua área, se a economia brasileira mantiver o ritmo acelerado visto nos últimos anos, os ratings dos demais países latino-americanos devem melhorar. Conforme sua nota de risco, um país pode ser mais atrativo a investidores estrangeiros do que outros e, portanto, mais propenso a receber fluxos de recursos do exterior.
"O Brasil não é a China da América Latina, pelo menos não ainda, devido ao limitado fluxo de comércio e capital entre países da região. No entanto, se o desempenho econômico do Brasil se tornar ainda mais um motor regional ao longo dos próximos anos, os países vizinhos sentirão os efeitos positivos no fortalecimento de seus ratings soberanos", diz o analista Sergio Valderrama, da Moodys, em relatório divulgado ontem.
Para Valderrama, o "boom econômico" do Brasil elevou a estabilidade da economia dos demais países da América Latina. Ele lembra que somente o PIB brasileiro já é muito maior que as riquezas somadas das demais nações da região. O analista também avalia que o Brasil pode influir ainda na forma como os demais países conduzem suas políticas econômicas, combatendo a influência de outros países que seguem políticas menos ortodoxas e mais frouxas do ponto de vista do dinheiro público.
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