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País terá padrão de vida europeu em até 20 anos, prevê Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o cidadão brasileiro poderá demorar de dez a 20 anos para ter padrão de vida semelhante ao europeu. Ao comentar o estudo do CEBR, que aponta o Brasil como a sexta economia do mundo, o ministro afirmou que o país vai consolidar essa posição porque continuará crescendo mais que outros países, em razão de a crise internacional afetar mais as economias avançadas.

Mantega disse que o país ainda precisa investir mais nas áreas social e econômica. "Isso significa que nós vamos ter de continuar crescendo mais que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente. Mas a boa notícia é que nós estamos nessa direção e caminhando a passos largos para que o Brasil, num futuro próximo, seja um país melhor", afirmou, em nota. Ao citar as boas relações comerciais do Brasil com outros países, especialmente asiáticos, Mantega disse que hoje o Brasil é "respeitado e cobiçado, tanto que os investimentos estrangeiros diretos devem somar US$ 65 bilhões neste ano".

Agência Estado

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O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do mundo, reportou o jornal britânico The Guardian, citando uma equipe de economistas. A crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar em 2011, atrás da maior economia da América do Sul, que cresceu rapidamente no rastro das exportações para a China e o Extremo Oriente.

"O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los em economia é um fenômeno novo. Nossa tabela de classificação econômica mundial mostra como o mapa econômico está mudando, com os países asiáticos e as economias produtoras de commodities subindo para a liga, enquanto nós, na Europa, recuamos", afirmou o chefe-executivo do Cen­­tro de Pesquisa para Econo­mia e Negócios (CEBR, em inglês) do Reino Unido, Douglas McWil­liams, segundo o jornal.

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O CEBR prevê que a Rússia e a Índia deverão se beneficiar de um aumento do crescimento durante os próximos dez anos, levando a economia do Reino Unido a cair para a oitava posição. O órgão também estima que a economia francesa recuará num ritmo ainda mais rápido que a do Reino Unido, ficando com o nono lugar entre as maiores economias do mundo. Segundo o órgão, a Alemanha também declinará para a sétima colocação em 2020.

A União Europeia continuará a ser o maior bloco comercial coletivo do mundo, embora uma recessão deva influenciar o crescimento mundial no próximo ano. Segundo o Guardian, previsões recentes do centro apontam que o crescimento mundial recuará para 2,5% em 2012, uma revisão em baixa da previsão feita em setembro.

O centro alertou, no entanto, que um cenário envolvendo a saída de um ou mais países da zona do euro, defaults (calotes) soberanos e falência e resgate de bancos poderá resultar em uma desaceleração ainda maior do crescimento da economia mundial em 2012, para 1,1%.

As economias emergentes, que viram seus mercados acionários despencarem nos últimos meses, à medida que os investidores avaliavam as consequências da crise do euro, vão recuperar a sua dinâmica, projeta o CEBR. Segundo o centro, a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2012, após avançar 2,8% neste ano. A China terá expansão de 7,6%, a Índia, de 6%, e a Rússia, de 2,8%.

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