Os brasileiros fecharam mais um mês como líderes mundiais em tempo de conexão à internet. De acordo com a última medição do Ibope/NetRatings, os internautas do Brasil gastaram em maio 20h25m em navegação domiciliar, uma alta que, pelo quarto mês consecutivo, mantém o país à frente de potências online. Em abril, foram 19h26m.
Se os dados forem comparados ao levantamento mundial da Nielsen/NetRatings, que engloba dez países, o país passa mais tempo conectado do que a França, que registrou 18h45m. O Japão passou maio com 17h29m e os Estados Unidos com tempo de navegação de 16h45m por pessoa. Com esta marca, o Brasil perderia apenas para o recorde de tempo de navegação gasto pelos usuários de Hong Kong em 2003, quando a epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa) levou cidadãos a ficar 22 horas por mês na internet.
De acordo com a unidade do Ibope, os sites de comunidades lideraram em tempo de navegação por pessoa, com 78% de audiência, enquanto os buscadores roubaram a atenção de 83% dos internautas residenciais. Já os portais de entretenimento e conteúdo ficaram com 86% da audiência.
Os sites sobre finanças e com conteúdo multimídia - como fotologs, vídeos e filmes - receberam destaque em relação às pesquisas anteriores, mas as páginas mais visitadas do mês de maio foram as ligadas a viagens e turismo, com 2,98 milhões de usuários únicos - 15,6% a mais do que em abril e 54% a mais que em maio de 2005.
Segundo Marcelo Coutinho, diretor-executivo do Ibope Inteligência, a Copa do Mundo e o câmbio do dólar favorável a viagens teria sido a principal razão para esta popularidade.
O número de endereços de internet ".br" (domínios) também aumentou para 928.149 em maio, um salto de 20,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Já o volume de usuários conectados em maio, 13,2 milhões, ficou abaixo dos 13,4 milhões registrados em abril.
- O grande desafio agora é expandir o acesso para outros grupos populacionais além das classes A e B. Será interessante observar se esta expansão vai resultar em um perfil de visitação muito diferente do observado para as classes mais altas ou se vai se manter similar - observou o analista em comunicado.