37% é a parcela da participação do Brasil no comércio entre a América Latina e a União Europeia, segundo o FT. O jornal diz ainda que um eventual acordo entre Brasil e UE cobriria fluxo comercial de US$ 80 bilhões, conforme dados de 2011.
A proposta de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia deve ser apresentado no fim deste mês, segundo a indicação dada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ao jornal britânico Financial Times. "A prosperidade crescente do Brasil leva o país a considerar um acordo próprio de livre de comércio com a União Europeia", diz a publicação.
Apesar de o tema continuar ser tratado diretamente pelos blocos sul-americano e europeu, o governo brasileiro sinaliza a possibilidade de uma negociação individual com os europeus. A reportagem foi publicada na internet ontem e ouviu o ministro Antonio Patriota, que diz que "o Brasil pretende apresentar uma proposta" até o fim do mês para um acordo entre Mercosul e UE.
Além de permitir o avanço da integração entre os dois blocos, o texto também deve abrir a possibilidade de negociações individuais entre os membros sul-americanos e a UE, diz o texto. "Há expectativa de que cada país (do Mercosul) possa negociar com velocidades distintas", afirmou o ministro brasileiro.
Apesar de ter apontado para um cenário de negociações individuais com a UE, o jornal afirma que as autoridades brasileiras reafirmam que estão "firmemente comprometidas com o Mercosul" e que "agendas comerciais separadas só terão lugar dentro do grupo".
A sinalização do governo brasileiro acontece exatamente um mês após Bruxelas ter sinalizado que estaria disposta a negociar separadamente com os países do Mercosul e não apenas em bloco. No início de julho, o comissário de Comércio da Europa, Karel de Gucht, afirmou a jornalistas brasileiros que não cabe à UE decidir de que forma os sul-americanos negociariam e que a decisão deve ficar com o Mercosul. "O Mercosul é nosso interlocutor e cabe ao bloco decidir como negociar conosco", disse o comissário europeu no início de julho.
Na conversa com os jornalistas, Gucht não rejeitou a opção de uma negociação isolada com o Brasil. A declaração foi interpretada como uma indicação de que, se o país aparecer para negociar sozinho, terá interlocutores dispostos a conduzir um novo diálogo em Bruxelas.
Um dos motivos da pressa brasileira é a recente reclassificação do Brasil. Com o fortalecimento da economia e enriquecimento da população, o país vai perder algumas preferências oferecidas pela União Europeia no comércio exterior a partir do próximo ano. A única maneira de continuar com essas vantagens é com um acordo comercial, diz o FT.
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