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O governo brasileiro quer ter com o México as mesmas condições comerciais que os EUA conseguiram no acordo automotivo vigente entre os dois países. O acordo Brasil-México está sendo revisado, porque o Brasil se sente lesado, já que os americanos têm mais vantagens no acerto. Segundo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o mínimo que o governo da presidente Dilma Rousseff exige é igualdade de condições.

"Estamos negociando. Os EUA têm vantagens muito superiores. Queremos, no mínimo, isonomia", disse Garcia.

O assessor se refere à total abertura do mercado mexicano para os EUA no âmbito do Nafta (acordo de livre comércio da América do Norte). Desde o início das negociações, há cerca de uma década, a meta do Brasil sempre foi um tratado amplo, com intercâmbio de todos os itens e não só veículos e peças.

Com o déficit crescente no comércio automotivo com o México (em torno de US$ 1,5 bilhão), o Brasil mostra sua insatisfação com as dificuldades impostas pelos mexicanos nas negociações. Daí a ameaça de romper o acordo unilateralmente e o apelo recente do presidente daquele país, Felipe Calderón, em telefonema à Dilma, no sentido de se retomar o diálogo.

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