Maior produtor mundial de café, o Brasil vem trabalhando para consolidar sua participação no mercado externo que, no ano passado, superou 28%, "isto não ocorria há 30 anos", informou nesta quarta-feira o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu da Costa Lima.
Responsável por 40% da produção mundial, o país em 2005 exportou 26 milhões de sacas de café e consumiu 15 milhões. Este ano a produção deve alcançar 42 milhões de sacas. Para o secretário, o crescimento da participação brasileira no mercado mundial se deve a melhoria da qualidade do produto e aos preços competitivos, que permitem a colocação do café brasileiro em mais de 60 países.
Prevendo um crescimento da demanda mundial para 146 milhões de sacas nos próximos 10 anos, hoje estimado em 119 milhões de sacas, Linneu adverte que o Brasil precisará elevar gradualmente sua produção para 60 milhões de sacas/ano, a fim de atender as necessidades do mercado mundial, ou seja, 24 milhões de sacas para o consumo interno e 36 milhões para exportação.
- Isso em dez anos - enfatiza o secretário. Ele lembra que o ministro Roberto Rodrigues não admite perda do espaço conquistado no mercado mundial e destaca os investimentos que vêm sendo feitos no setor.
- Em 2005, o Funcafé liberou R$ 12 milhões para pesquisas e este ano serão alocados mais R$ 18 milhões. Em promoção, foram destinados no ano passado R$ 4,5 milhões. Para 2006, já estão garantidos R$ 5,6 milhões, mas o Mapa está pleiteando suplementação de mais R$ 20,0 milhões - acrescentou.
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