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O Brasil recuperou suas taxas de crescimento econômico pré-crise e espera para este ano uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) próximo de 6%, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Temos que ser prudentes e estimamos para este ano um crescimento da ordem de 5,5 a 6%", afirmou Mantega em um fórum de investidores em Madri, ponderando que circulam no mercado previsões mais otimistas que apontam uma expansão entre 6,5 e 7%.

O ministro disse que o Brasil, junto com a China, Índia e Rússia -- que formam o grupo chamado Bric --, vai liderar a recuperação global neste ano.

"Os países emergentes responderão por dois terços do crescimento mundial em 2010", afirmou Mantega.

Ele aproveitou o evento para apresentar aos investidores as contas saneadas da principal economia latino-americana.

"O Brasil cresce, mas não como um louco, e sim com uma inflação controlada e com a dívida controlada", disse Mantega.

Em maio, as reservas internacionais brasileiras se aproximaram de 250 bilhões de dólares, superando com folga os passivos externos do país e preparando o caminho para reduzir a dívida pública líquida para 40% do PIB, segundo o ministro.

De fato, o Brasil, tradicional receptor de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), agora faz aporte de divisas ao organismo multilateral.

E enquanto a maioria dos países industrializados luta contra déficits fiscais superiores a 3% do PIB, o saldo orçamentário negativo do Brasil provavelmente ficará no final deste ano em 1,5 por cento do PIB, "o déficit mais baixo de todo o G20", disse.

Mantega afirmou ainda que o saneamento das contas vem acompanhado este ano de um forte crescimento do emprego -- 950 mil novos postos de trabalho no primeiro quadrimestre.

Segundo o ministro, o endividamento relativamente baixo do Brasil, a demanda pujante por novas casas e os investimentos previstos em grandes obras de infraestrutura -- no valor de 450 bilhões de dólares entre 2011 e 2014 -- assentarão as bases para que a economia brasileira alcance nos próximos anos as nações industrializadas.

Em 2020, o Brasil poderia superar a Itália, segundo o Goldman Sachs, e em 2025, para Mantega, será a quinta ou quarta maior economia do mundo.

Essas perspectivas de crescimento têm atraído os investidores estrangeiros e aumentado em 10 vezes o volume de operações na Bovespa na última década.

"Hoje a bolsa do Brasil é a principal praça acionária da América Latina", garantiu Mantega.

De fato, empresas brasileiras como Petrobras, Itaú Unibanco ou Vale se transformaram nos últimos anos em campeãs globais e agora alcançam ou superam a capitalização de empresas semelhantes como o Banco Paribas, Royal Dutch Shell ou Rio Tinto.

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