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Biocombustível

Brasil e Alemanha debatem parceria na área da bioenergia

Berlim (Alemanha) – A produção, distribuição e exportação de biocombustíveis, como o etanol e o HBio, representam uma das mais importantes oportunidades de parceria econômica entre Alemanha e Brasil, cuja relação comercial tem perdido importância nos últimos cinco anos. A despeito do crescimento da economia global, a média de investimentos alemães no Brasil tem se mantido em US$ 800 milhões ao ano, nos últimos cinco anos, com a migração de recursos para países asiáticos, especialmente a China.

A soma de esforcos para abrir e explorar o mercado internacional de agroenergia foi defendida ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que representam o governo brasileiro no 24.° Encontro Econômico Brasil–Alemanha, realizado em Berlim, de 8 a 11 de julho, na sede da BDI, a Confederação da Indústria Alemã.

O evento reúne 460 empresários dos dois países, empenhados em discutir alternativas comerciais e a eliminação de barreiras tributárias e burocráticas para aumentar a taxa mútua de investimento. Na abertura do encontro – que tem como lema "Brasil e Alemanha. Parceiros em uma economia globalizada" – o secretário de estado da Indústria da Alemanha, Bernd Pfaffenbach, cobrou esforço do Mercosul para que sejam firmados os acordos bilaterais entre os países membros da Organizacao Mundial do Comércio, durante a Rodada de Doha. "Se a rodada fracassar, quem vai perder são os países em desenvolvimento", disse.

O ministro Furlan minimizou o prejuízo para a economia brasileira ao dizer que por sua "estrutura de produção", com ou sem rodada o país "segue em frente". O ministro elencou as medidas adotadas pelo governo em prol do comércio internacional – como a redução de alíquotas e de tarifas de importação – e disse que um país que tem 1,2% do comércio mundial não pode ser responsabilizado pelo eventual travamento das negociações. Segundo Furlan, o governo encaminhou novo texto ao Congresso sobre a questão da bitributação, uma das principais discussões da rodada. "O primeiro texto tinha uma cláusula que contrariou a Constituição Federal", afirmou.

Competitividade

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures, foi um dos debatedores do painel sobre perspectivas da cooperação econômica entre os dois países, na condição de presidente da Comissão de Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O evento também vai discutir a transferência de experiências alemãs na organização do Campeonato Mundial de Futebol para ajudar o Brasil em sua candidatura ao torneio de 2014.

Marisa Boroni Valério - A jornalista viajou a convite da Câmara de Comércio Brasil–Alemanha.

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