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O Brasil ocupa a quinta posição na América Latina, em uma lista de 12 países no continente, em relação aos países que apresentam o melhor cenário econômico. Quanto maior a posição no ranking, melhores as expectativas em relação à situação presente e futura da economia.

O levantamento foi realizado pela Fundação Getúlio Vargas em conjunto com o Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de Munique, com base em pesquisa realizada com executivos e especialistas econômicos de cada país sobre a situação atual dos negócios e as perspectivas para os próximos seis meses. Os principais problemas citados pelos entrevistados no Brasil foram o déficit das contas públicas, a falta de competitividade internacional das empresas e o desemprego.

A pesquisa mostra que o país avançou da sétima para a quinta posição entre janeiro e abril deste ano, com 6,4 pontos no ranking, ao lado do Chile. Os quatro primeiros colocados são: Uruguai (8,5), Peru (7,8), Costa Rica (7,4), e Argentina (7,0).

Na lista que considera o desempenho dos países nos últimos doze meses encerrados em abril deste ano, o Brasil ficou com a sétima posição. À frente do Brasil, estão nações com economias menores, como Argentina e Colômbia. Na primeira posição, está o Uruguai, seguido por Peru e Costa Rica.

A lanterna do indicador ficou com o Equador (3,3). No penúltimo lugar, ficaram empatados Bolívia, Paraguai e Venezuela, todos com 5 pontos.

América Latina

O índice geral para a América Latina ficou estável em 5,8 pontos, próximo do valor recorde alcançado apenas no início de 2005 (6 pontos). Segundo o levantamento, o resultado foi sustentado com o otimismo por conta das economias do Uruguai, Argentina, Costa Rica e Peru.

Para a economista Lia Vals, da FGV, a avaliação do Brasil está acima da média da região, além de permanecer em situação positiva. Ela acredita que o primeiro lugar para o Uruguai tem relação com o fato de o país ter saído de uma crise recentemente, reforçando o otimismo dos analistas.

Ela destaca ainda a valorização das commodities no mercado internacional, fator que tem beneficiado mais os países com maior abertura comercial e com uma pauta exportadora pouco diversificada, concentrada em commodities. O Brasil, apesar de ser exportador, tem uma abertura comercial inferior à de países como Peru. Segundo ela, o fluxo de comércio brasileiro equivale a cerca de 20% do seu PIB, taxa menor que a do Peru, de cerca de 35%.

Há pontos de estrangulamento no Brasil, como a questão da primarização das exportações, a necessidade de energia elétrica e das reformas estruturais, como a tributária, disse a economista da FGV.

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