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Setor automotivo

Brasil e Argentina fecham acordo

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Os governos do Brasil e da Argentina acertaram a renovação do acordo automotivo por mais um ano com a volta do mecanismo "flex", pelo qual se cria uma proporção entre exportações e importações para que o comércio bilateral fique isento de Imposto de Importação. O acordo fechado ontem em Brasília pela ministra de indústria da Argentina, Débora Giorgi, e o ministro de Desenvolvimento do Brasil, Mauro Borges, não agradou à Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea).

O governo brasileiro, segundo fontes, concordou em restabelecer o flex em torno de US$ 1,6 ou US$ 1,7 – ou seja, para cada US$ 1 milhão importado pelo Brasil em produtos automobilísticos da Argentina, as montadoras brasileiras terão direito a exportar até US$ 1,7 milhão para o país vizinho sem tarifa. A Anfavea era contra a volta do flex, mas para evitar uma perda maior defendeu que o índice ficasse pelo menos no mesmo patamar que vigorou até junho do ano passado, de US$ 1,95.

A preocupação da associação é que o novo flex crie um piso baixo para o acordo definitivo que ainda será negociado. Na prática, o flex entre US$ 1,6 e US$ 1,7 atende às necessidades do comércio bilateral, já que as exportações brasileiras não atingem esse patamar. O valor definitivo será fechado nos próximos dias.

Além do acordo, ambos os governos se comprometeram a trabalhar nos próximos quatro meses na composição de uma lista de autopeças que podem ser fabricadas e homologadas no bloco regional, e quais devam ser importadas. O objetivo é reduzir a importação de autopeças de terceiros países de fora do Mercosul.

Vendas

Ontem, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou que as vendas de autos e comerciais leves somaram 277.924 unidades em maio, uma queda de 7,54% sobre as unidades emplacadas em igual mês do ano passado e um recuo de 0,65% sobre total de 279.744 veículos de abril.

O presidente da federação, Flávio Meneguetti, afirmou que a entidade não espera mais nenhum tipo de incentivo do governo. O executivo disse que o período de "vacas magras" deve continuar pelo menos até 2016 e que a expectativa é que o mercado retome o dinamismo "por si só".

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