São Paulo - Os Bancos Centrais do Brasil e da Argentina aprovaram ontem a implementação de uma linha de "swap" (troca) de moedas de até US$ 1,5 bilhão entre eles, afirmou o presidente do BC, Henrique Meirelles, após reunião com empresários brasileiros e argentinos em São Paulo. Esse acordo já tinha sido anunciado no início do mês em Buenos Aires, durante uma reunião entre o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, e da Economia argentino, Carlos Fernández. Porém, estava pendente por detalhes técnicos que foram acertados ao longo deste período.
Por meio do acordo, os dois países pretendem reforçar seus sistemas monetários em caso de emergência. Elas aumentam a liquidez (disponibilidade) da moeda do país com quem foi assinado o acordo.
O Brasil já assinou acordos semelhantes com outros países, sendo o mais importante o feito com o Fed (Federal Reserve, o BC americano). Essa medida se tornou comum entre os países após o agravamento da crise financeira global.
Meirelles ainda disse que pretende divulgar mais a possibilidade de trocas comerciais sem o uso de dólar, como já é possível com a Argentina. Os dois países instituíram em outubro do ano passado um esquema que permite realizar o comércio bilateral com as respectivas moedas nacionais. "Com a crise internacional, verificamos uma forte volatilidade do dólar. Na medida em que as moedas locais passam a ser usadas, a precificação do comércio fica mais fácil", afirmou.