O Ministério do Turismo brasileiro comemora a entrada recorde de divisas no País em 2008 (US$ 5,78 bilhões) e um aumento de 15% na venda de pacotes nacionais neste verão (janeiro e fevereiro), mas se prepara para a crise em 2009. E o principal aliado do país na estratégia para enfrentar os efeitos da retração mundial será a Argentina, país sócio do Mercosul que apresenta hoje interesses comerciais divergentes dos do Brasil. Juntos, Brasil e Argentina vão em busca de turistas japoneses, coreanos e chineses para compensar a esperada ausência de europeus e norte-americanos.
"Em conjunto, vamos captar turistas da Coreia, Japão e China, que são mercados incipientes, mas com turistas de estadia com longa duração", explicou o ministro Luiz Barreto, em Buenos Aires, em entrevista coletiva a jornalistas brasileiros. A partir de um acordo assinado entre os dois países para a promoção conjunta do turismo, Argentina e Brasil vão realizar uma programação diversificada na Ásia para oferecer pacotes turísticos. A agenda envolve workshops na China e Coreia, participação em uma feira internacional no Japão e o início de voos diretos da Coreia para o Brasil até o fim do ano.
Buscar turistas na Ásia, no entanto, não é a única estratégia de Barreto para enfrentar a crise. "Nossa aposta é no turismo interno e na América do Sul", disse, destacando que o fluxo de argentinos nas praias brasileiras aumentou neste verão. Em 2007, o Brasil recebeu 920 mil argentinos e em 2008 esse número deve ter ficado próximo de 950 mil, segundo as estimativas oficiais - o resultado deve ser divulgado no fim deste mês. Em busca da estabilidade deste fluxo, Barreto anunciou o aumento este ano dos recursos em publicidade na Argentina, passando de R$ 3,5 milhões para R$ 4,8 milhões.
Outros R$ 6,2 milhões serão gastos em publicidade nos demais países da América do Sul. "A crise nos mercados europeu e americano é muito forte e vai ter impacto no nosso mercado. Por isso, incentivar o mercado doméstico e o sul-americano é uma saída natural", disse.
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