As petrolíferas estatais Petrobras e YPFB, da Bolívia, concluíram na quinta-feira sem acordo uma nova rodada de negociações sobre o pedido boliviano de aumento no preço do gás natural que a empresa brasileira importa.

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A YPFB disse em um comunicado que, após dois dias de conversações na cidade de Santa Cruz, as duas companhias só acertaram em voltar a se reunir, entre 4 e 8 de dezembro, em lugar indefinido.

``Ambas as empresas estão buscando uma solução de consenso que beneficie ambas as partes'', acrescentou a YPFB.

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Desde que a petrolífera boliviana determinou, em junho, a modificação da cláusula de ajuste trimestral do preço do gás natural, YPFB e Petrobras se reuniram várias vezes sem chegar a entendimento, em uma negociação prorrogada em três oportunidades e cujo prazo atual se encerra em 8 de dezembro.

A petrolífera boliviana pretende que o Brasil pague ao menos 25 por cento mais, para igualar o preço acertado atualmente com a Argentina, de 5 dólares o milhão de unidades térmicas britânicas (BTU).

O Brasil, com compras diárias na média de 26 milhões de metros cúbicos, de um total comprometido de 30 milhões de metros cúbicos, é o principal consumidor do gás natural boliviano.

A Argentina compra atualmente até 7,7 milhões de metros cúbicos diários e assinou um contrato para incrementar essas remessas até 27,7 milhões de metros cúbicos a partir de 2010.

As exportações de gás são a principal operação de comércio exterior da Bolívia e vão gerar este ano cerca de 2 bilhões de dólares, segundo projeções do governo de Evo Morales.

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Independentemente do preço do gás, YPFB e Petrobras assinaram em outubro novos contratos de operação, pelos quais a companhia brasileira aceitou as regras da nacionalização do petróleo decretada em maio na Bolívia.