Fernando Fabian| Foto: Divulgação

Porta-vozes do governo andam alardeando que o Brasil terá no terceiro e principalmente no último trimestre deste ano níveis de crescimento comparáveis com a China – coisa de 8% para cima. Não é para tanto. A base de comparação é ruim (afinal, trata-se de tempos de crise), e o efeito é mesmo limitado. Segundo projeções do HSBC Brasil, o PIB de 2010 vai crescer 5,3%. O que já é muito.

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Segundo André Lóes, economista-chefe da instituição, o PIB brasileiro não tem como crescer muito mais do que isso. "Temos problemas de capacidade de produção, por conta de investimentos que não foram feitos em anos passados", observa. "A demanda interna pode até crescer 7%, 8% ao ano, mas como a indústria não tem condições de atender, esse crescimento acaba sendo atendido por importações." Para resolver esse problema, só investindo maciçamente durante alguns anos.

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Sem cliques

O contrato assinado pela Universidade Positivo para trazer o ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolf Giuliani, para o Fórum de Marketing 2009 determina até o número de fotos que a principal estrela do evento estará disposta a fazer. Giuliani faz a palestra de abertura do fórum, no dia 30 de novembro. E já informou (via contrato) que não vai atender a imprensa.

Apoio dos credores

Ainda tentando finalizar a renegociação de sua dívida, a Imcopa, processadora de soja com sede em Araucária, ganhou um pouco mais de tempo na semana passada. Os investidores que têm US$ 100 milhões em títulos da empresa que venciam no dia 10 deste mês concordaram em estender o prazo de pagamento até 10 de maio de 2010.

Também foram retiradas algumas restrições previstas no contrato de emissão dos papéis, o que deve facilitar a renegociação de outros débitos com bancos. No total, a Imcopa tinha US$ 400 milhões em dívidas quando sofreu um baque financeiro com a desvalorização do real, há um ano.

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Loja nova

O grupo catarinense Angeloni inaugura sua segunda loja em Curitiba nesta terça-feira. A loja do bairro Bigorrilho, na Alameda Carlos de Carvalho, tem 5 mil metros quadrados e terá solenidade de inauguração às 8h30 da manhã.

Festa do frango

Perus e frangos especiais, também conhecidos como aves de festa, têm sua glória anual no fim de ano, na mesa dos brasileiros. Desta vez, os produtores preveem um incremento de 10% a 15% nas vendas para os consumidores do Paraná. O estado, por sinal, é o maior produtor de aves especiais do país.

Cartão

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O Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) acaba de concluir a implantação do seu cartão de débito e crédito em todo o Paraná, depois de um ano de trabalho. Mais de 30% dos 313 mil associados do sistema no estado já adquiriram o cartão, número que deve crescer com o lançamento de uma forte campanha de mídia estadual. Vai ser hoje à noite, na RPCTV, no horário do Fantástico.

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Forte crescimento

Crédito em alta, inflação sob controle e aumento da renda devem garantir um longo ciclo de crescimento para a construção civil brasileira. A opinião é do empresário Fernando Fabian (foto), diretor da construtora londrinense Plaenge, fundada há 39 anos. Em entrevista à repórter Cristina Rios, ele diz que o mercado ainda tem muito espaço para avançar e não apenas no segmento para as faixas de menor poder aquisitivo. Com previsão de crescer 30% em 2009, a Plaenge estuda a entrada em novos estados e não descarta aquisições de empresas.

O setor imobiliário vive uma fase de forte crescimento e há muita expectativa em relação aos projetos do programa de habitação popular lançado pelo governo federal Minha Casa, Minha Vida. Por que a Plaenge não pretende atuar nesse segmento?

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Primeiro porque é um mercado onde há necessidade de escala e a rentabilidade é mais baixa. Há uma previsão de aumento dos custos dos insumos, em função do aquecimento no mercado de obras de infraestrutura, por conta das eleições e da Copa do Mundo no Brasil. Em um cenário de margens apertadas, esse é um risco. Além disso, esse é um segmento em que já atuam muitas empresas, principalmente as que abriram capital.

A Plaenge deu um passo para sua internacionalização, com a compra de 51% da construtora chilena CVPSA, em maio deste ano. A empresa tem planos de fazer novas aquisições?

Estamos abertos a novas compras, mas nosso objetivo não é adquirir empresas com problemas. No Chile nossa operação ainda é pequena e pretendemos ficar desse tamanho nos próximos dois, três anos. No Brasil atuamos em quatro estados – Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Hoje estamos avaliando a entrada em outros estados.

O mercado passa por um momento de muita valorização nos preços dos imóveis. Esse movimento veio para ficar?

Este ciclo da construção deve durar de cinco a dez anos e a valorização se explica pelo aumento da demanda, a escassez de terrenos e a alta dos preços dos insumos e da mão de obra.

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Quais as previsões para a empresa para o próximo ano?

Em 2009 deveremos crescer 30% e o faturamento deve ficar entre R$ 700 milhões e R$ 750 milhões. Para o próximo ano nossa meta é avançar 40%.