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Brasil e China assinam 35 acordos

Segunda maior economia do mundo e principal parceiro comercial do Brasil, a China está disposta a financiar novos projetos de infraestrutura e logística brasileiros, estimados em US$ 53,3 bilhões, em um momento de economia estagnada, ajuste fiscal e necessidade de atrair investimentos externos.

Foi o que prometeu o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que, junto com a presidente Dilma Rousseff, participou da assinatura de 35 acordos bilaterais entre empresas e bancos chineses e gigantes brasileiros como Petrobras, Vale, Embraer, além de companhias de setores tão variados como bancário, telecomunicações, aviação e energia nuclear. Para especialistas em comércio exterior, a parceria firmada nesta terça-feira, se por um lado ajuda a destravar investimentos num momento de paralisia na economia brasileira. Mas, por outro, pode vir acompanhada de exigências comuns em negociações conduzidas por Pequim, como o uso de equipamentos e tecnologia da China.

A lista de acordos inclui o financiamento, pela China, de estudos para a construção de uma ferrovia que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, facilitando o transporte de matérias-primas da América Latina para a China. Ela começa no Tocantins, passa por Mato Grosso e Acre, atravessa os Andes e chega aos portos do Peru, a um custo estimado pelos especialistas de US$ 10 bilhões. Ainda não há datas previstas para licitação.

A Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e de Comércio da China (ICBC) criaram um fundo com recursos de US$ 50 bilhões – dinheiro da China – para financiar projetos de infraestrutura. Além disso, no encontro bilateral que teve com Dilma, Li sugeriu a criação de outro fundo, com valor entre US$ 10 bilhões e US$ 30 bilhões, para capacitação industrial. A participação do Brasil nesse instrumento não está ainda definida.

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